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Outsourcing & Workplace
EXISTEM AMBIENTES REALMENTE SEGUROS?
Confira como o
planejamento e a
gestão de riscos podem
influenciar diretamente
na segurança de
sua empresa
Segurança
|
por Camila Biajante
H
istórico de desastres, desmoro-
namentos e incêndios associados
à fragilidade estrutural de edificações
alertam entidades públicas, privadas e
condomínios. Leis estão sendo criadas,
normas entram em vigor para garantir
a segurança da estrutura das edifica-
ções e, consecutivamente, dos cida-
dãos. Mas a segurança vai muito além
da patrimonial, ela engloba também a
segurança dos dados, dos usuários e
colaboradores.
O setor de segurança é um dos que
continuam apresentando crescimento
no País. O 9º Anuário Brasileiro de Se-
gurança Pública, divulgado no final de
2015 com dados coletados em 2014,
mostra que, apesar da crise, os esta-
dos têm investido mais em segurança.
Foram R$ 67,3 bilhões em 2014 – um
aumento de 17% em relação a 2013,
quando a despesa com a área chegou a
R$ 57,5 bilhões. Segundo a Associação
das Indústrias de Segurança no Brasil
(SIA), o setor cresce, em média, 20% ao
ano. A previsão é que em 2016, R$ 1,8
bilhão movimente no setor.
Embora o mercado apresente as-
censão e cada vez mais as empresas
disponibilizem equipamentos com tec-
nologia avançada, os especialistas he-
sitam em afirmar que os ambientes são
100% seguros, pois a maioria apresenta
vulnerabilidades, e é preciso identificá-
-las para implementar ações corretivas.
De acordo com Marcello Volpi , En-
genheiro Eletricista da Argeplan Ar-
quitetura & Engenharia, tudo inicia no
desenvolvimento do projeto arquite-
tônico. “O arquiteto já tem que dimen-
sionar e propor uma edificação segura.
Quando isso acontece, tudo fica mais
fácil, porque ele já pensa em ambientes
como sala de controle, acessos, entre
outros aparatos. Acredito que as falhas
acontecem durante o desenvolvimento
do projeto, que muitas vezes não foi de-
talhado de acordo com a necessidade
do cliente. Quem conhece e sabe o que
precisa é o próprio cliente. Ele pode
não saber qual é o melhor produto,
mas ele sabe quais são suas necessi-
dades. Erros acontecem por produtos
mal dimensionados, empresas com má
qualidade de mão de obra na instala-
ção, falta de testes e projetos equivoca-
dos”, comenta.
Segundo Michel Pipolo de Mesquita,
Sócio-fundador da Associação Brasileira
de Profissionais de Segurança (ABSEG),
Diretor-secretário da Asociación Lati-
noamericana de Seguridad Brasil (ALAS)
e Diretor do Negócio de Segurança do
Grupo GPS, o conceito de ambiente se-
guro vem sendo reestudado desde o
atentado terrorista do World Trade Cen-
ter, em 11 de setembro de 2001, e com
ele uma nova definição de proteção
para edificações. “Todos os paradigmas
de segurança foram quebrados e as re-
ferências de proteção avaliadas por um
novo prisma de gestão de riscos”, conta.
“Várias normas internacionais foram
criadas pós-11 de setembro para deter-
minar se o ambiente é seguro ou inse-
guro, dentre as quais podemos citar o
ISPS Code para segurança portuária e
o PNAVSEC para segurança aeropor-
tuária. Um legado importante e aplicá-
vel para todas as edificações, organiza-
ções e empresas, foi quando tivemos a
criação da norma ISO 31000:2009 (Ges-
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