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26 INFRA

Outsourcing & Workplace

EXISTEM AMBIENTES REALMENTE SEGUROS?

 Confira como o

planejamento e a

gestão de riscos podem

influenciar diretamente

na segurança de

sua empresa

Segurança

 | 

por Camila Biajante

H

istórico de desastres, desmoro-

namentos e incêndios associados

à fragilidade estrutural de edificações

alertam entidades públicas, privadas e

condomínios. Leis estão sendo criadas,

normas entram em vigor para garantir

a segurança da estrutura das edifica-

ções e, consecutivamente, dos cida-

dãos. Mas a segurança vai muito além

da patrimonial, ela engloba também a

segurança dos dados, dos usuários e

colaboradores.

O setor de segurança é um dos que

continuam apresentando crescimento

no País. O 9º Anuário Brasileiro de Se-

gurança Pública, divulgado no final de

2015 com dados coletados em 2014,

mostra que, apesar da crise, os esta-

dos têm investido mais em segurança.

Foram R$ 67,3 bilhões em 2014 – um

aumento de 17% em relação a 2013,

quando a despesa com a área chegou a

R$ 57,5 bilhões. Segundo a Associação

das Indústrias de Segurança no Brasil

(SIA), o setor cresce, em média, 20% ao

ano. A previsão é que em 2016, R$ 1,8

bilhão movimente no setor.

Embora o mercado apresente as-

censão e cada vez mais as empresas

disponibilizem equipamentos com tec-

nologia avançada, os especialistas he-

sitam em afirmar que os ambientes são

100% seguros, pois a maioria apresenta

vulnerabilidades, e é preciso identificá-

-las para implementar ações corretivas.

De acordo com Marcello Volpi , En-

genheiro Eletricista da Argeplan Ar-

quitetura & Engenharia, tudo inicia no

desenvolvimento do projeto arquite-

tônico. “O arquiteto já tem que dimen-

sionar e propor uma edificação segura.

Quando isso acontece, tudo fica mais

fácil, porque ele já pensa em ambientes

como sala de controle, acessos, entre

outros aparatos. Acredito que as falhas

acontecem durante o desenvolvimento

do projeto, que muitas vezes não foi de-

talhado de acordo com a necessidade

do cliente. Quem conhece e sabe o que

precisa é o próprio cliente. Ele pode

não saber qual é o melhor produto,

mas ele sabe quais são suas necessi-

dades. Erros acontecem por produtos

mal dimensionados, empresas com má

qualidade de mão de obra na instala-

ção, falta de testes e projetos equivoca-

dos”, comenta.

Segundo Michel Pipolo de Mesquita,

Sócio-fundador da Associação Brasileira

de Profissionais de Segurança (ABSEG),

Diretor-secretário da Asociación Lati-

noamericana de Seguridad Brasil (ALAS)

e Diretor do Negócio de Segurança do

Grupo GPS, o conceito de ambiente se-

guro vem sendo reestudado desde o

atentado terrorista do World Trade Cen-

ter, em 11 de setembro de 2001, e com

ele uma nova definição de proteção

para edificações. “Todos os paradigmas

de segurança foram quebrados e as re-

ferências de proteção avaliadas por um

novo prisma de gestão de riscos”, conta.

“Várias normas internacionais foram

criadas pós-11 de setembro para deter-

minar se o ambiente é seguro ou inse-

guro, dentre as quais podemos citar o

ISPS Code para segurança portuária e

o PNAVSEC para segurança aeropor-

tuária. Um legado importante e aplicá-

vel para todas as edificações, organiza-

ções e empresas, foi quando tivemos a

criação da norma ISO 31000:2009 (Ges-

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