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Outsourcing & Workplace
consumida emconstruções comerciais é
desperdiçada, e elas representam, pelo
menos 80% dos custos operacionais e
de manutenção para CEOs e CFOs. Por
isso, a boa gestão do ativo impacta não
apenas a margem de lucro, mas a res-
ponsabilidade social de uma empresa.
Além de ser um desafio constante para o
País com a crise energética e hidráulica
enfrentada no último ano”.
A tecnologia de EAM quando conec-
tada a sensores e a internet das coisas
oferece informações em tempo real
sobre os sistemas AVAC (aquecimento,
ventilação e ar condicionado), hidráu-
lico e elétrico, conectando os sistemas
de gestão do edifício com medidores
de energia e gerando informações pre-
cisas e em tempo real para melhor ges-
tão do empreendimento.
“É uma integração que automatiza
o envio das informações e define pa-
râmetros para controle da gestão dos
ativos prediais – que são muitos. É uma
forma de munir os gestores de informa-
ções sobre o sistema de energia e ter
acesso ao que quase ninguém enxerga,
como a origem das falhas. É possível
saber, por exemplo, se o aumento do
consumo tem origem no ar condiciona-
do de uma unidade que está operando
fora do tempo e do padrão previsto, ou,
como na medicina, agir de forma pre-
ventiva, mostrando quando será neces-
sário realizar a manutenção para evitar
um colapso”, explica Sciutto.
LIVRE MERCADO
O mercado livre de energia no Bra-
sil vem ganhando novos adeptos com
o tempo. Entretanto, é no setor indus-
trial que esta realidade predomina. E,
mesmo assim, não em sua totalidade,
além de trazer em si alguns problemas
regulatórios que vêm afetando a com-
petitividade de uma parte da indústria,
segundo o Presidente de Tradener, Wal-
frido Avila, que lidera o processo de co-
mercialização de energia brasileira para
a Argentina.
De acordo com o Executivo, o País
tem potencial para economizar até R$
20 bilhões caso a abertura do sistema
de livre energia se dê para todos os con-
sumidores, incluindo os comerciais e
residenciais. Para Luis Gameiro, Diretor
da Tradener, otimizar o uso da energia
elétrica em grandes empreendimentos,
ainda é um assunto delicado, “porque
a cultura sempre foi deixar a ‘conta de
luz’ para o departamento financeiro pa-
gar, sem qualquer gerenciamento”, diz.
Gameiro afirma ainda que: “Com as ta-
rifas de energia nas alturas, o assunto
de otimização do uso, bem como pro-
curar um menor custo por MW/h, está
mudando esse ambiente de tal forma
que tivemos uma quantidade expres-
siva de consumidores migrando para o
mercado livre no presente ano”.
O FUTURO DA ENERGIA SOLAR
Segundo pesquisa da Universidade
de Oxford, 20% da energia usada no
mundo será solar até 2017. Em 2014,
apenas 0,3% de toda a energia con-
sumida no mundo era proveniente do
Sol. O custo para a captação é uma das
principais dificuldades para essa fonte
emplacar – pelo menos no Brasil. O País
já realizou três grandes leilões específi-
cos para energia solar nos últimos dois
anos, mas ainda é uma alternativa cara.
O objetivo dos leilões é implantar
uma indústria de equipamentos no
Brasil que permita redução de custos.
A energia solar é o maior recurso reno-
vável de que o País dispõe e deverá se
constituir a área de maior crescimento
nos próximos anos, devido à facilidade
e à velocidade de implantação, compa-
rada com outros modelos de geração. A
hidroelétrica, a eólica e a biomassa são
fontes a serem exploradas, mas a solar
demonstra ser a mais promissora, não
só no Brasil como no mundo.
Em grandes empreendimentos é
importante saber o quanto a ilumi-
nação representa do consumo total.
Sistemas de ar condicionado, escadas
rolantes e elevadores são itens que têm
um consumo muito maior do que lâm-
padas. Já existem plataformas digitais
que fazem toda a gestão da eficiência,
reduzindo o custo com funcionários e
grandes equipamentos. O ideal é que
isso seja integrado também com outras
ações, como o uso de painéis solares e
reuso de água, para que impactem em
benefícios reais para o empreendimen-
to como um todo.
O fato é que os painéis solares, além
de gerar energia sustentável, têm a van-
tagem de dar mais autonomia para os
proprietários, que não precisam mais
Luis Gameiro, Diretor da Tradener
Divulgação
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA