Revista Infra Fevereiro 2017

44 INFRA Outsourcing & Workplace PROPOSTAS PARA UMA CULTURA SUSTENTÁVEL NOS EDIFÍCIOS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA | por Larissa Gregorutti É fato que questões ligadas a susten- tabilidade ainda são ignoradas por parcela da sociedade, mesmo quando o mundo enfrenta uma forte aceleração nas transformações climáticas, afetando radicalmente o meio ambiente. O setor de construção civil é um dos que geram maior impacto ambiental. Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apon- tam que o segmento consome 40% da energia global e é responsável por 30% das emissões dos gases de efeito estufa. Despertar atenção para esse tema foi o importante papel desempenhado pela Danfoss que realizou no dia 14 de dezem- bro o Simpósio de Eficiência Energética em Edifícios Comerciais. Reunindo cerca de cem participantes emSão Paulo, o evento possibilitou com- partilhar experiências por palestrantes da Universidade Federal de Santa Cata- rina (UFSC), Eletrobras, Green Building Council Brasil, Fundação Vanzolini, Chuff e Associados, Accor Hotels e Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicio- nado, Ventilação e Aquecimento (Abra- va) que mostraram que sustentabilidade também é uma política de ganha-ganha para a economia e para omeio ambiente, em que empresas que adotam soluções na construção dos empreendimentos para minimizar os impactos aomeio am- biente diminuem custos com consumo de energia e de água, por exemplo. Em um breve relato, acompanhe os principais tópicos levantados pelos pai- nelistas durante suas apresentações. Na abertura do evento, Julio Moli- nari, Presidente da Danfoss na América Latina e anfitrião do encontro, destacou o potencial para economia de energia nos edifícios e o papel das empresas nessa discussão: “Estabelecer padrões de performance mínima e promover a utilização das melhores tecnologias disponíveis para o desenvolvimento de edifícios de baixo consumo são alguns caminhos possíveis”. Para Roberto Lambertz, Professor da UFSC, não é possível ter eficiência energética sem garantir conforto para as pessoas, todavia, é preciso conside- rar a mudança no sistema elétrico que acontece no setor. Lambertz informou que no passado o chuveiro elétrico era o grande gerador de ponta, principalmente no inverno. Mas agora, no verão, também existem eventos extremos acontecendo no setor elétrico, que é o uso do ar condi- cionado. Nesse sentido, para melhorar a eficiência dos edifícios é precisomelhorar a eficiência dos equipamentos, aumen- tando, por exemplo, o índice mínimo de eficiência dos splits, que representa 80% domercado de ar condicionado segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Nesse quesito, aponta que “É pre- ciso dar um salto e estar em sintonia com melhores práticas internacionais, o que significa ajustar o plano de metas do Comitê Gestor dos Índices de Eficiência Especialistas debatem sobre eficiência energética em edifícios comerciais Divulgação

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