Revista Infra Fevereiro 2017

…as edificações consomem mais da metade da energia elétrica produzida no Brasil, por isso, é um setor, que claramente, precisa ser trabalhado João Krause , Eletrobras Energética (CGIEE).” E completa: “É pre- ciso lidar integralmente com as várias políticas relacionadas ao edifício. A eti- quetagem de edificações, por exemplo, deveria ser obrigatória. Ainda não é, mas é preciso de umplano de obrigatoriedade progressiva para que todos os edifícios possam ser etiquetados. Essa obrigato- riedade, todavia, teria de vir de cima, do Ministério de Minas e Energia. Para isso, precisamos trabalhar e discutir a me- lhor forma de alavancar a infraestrutura necessária para essa análise, e eu acho que esse evento começa a alavancar as possibilidades de isso acontecer”, conclui o Professor. Para falar sobre “Programas de Certifi- cação Eletrobras”, João Krause, Arquiteto da divisão de eficiência energética no setor privado da Eletrobras mencionou que, hoje em dia, as edificações conso- memmais da metade da energia elétrica produzida no Brasil, por isso, é um setor, que claramente, precisa ser trabalhado. Todavia, o Arquiteto explicou que quan- do se pensa em trabalhar em uma edi- ficação, é preciso pensar na fase de uso e operação dela. E contou que existem algumas ferramentas disponíveis para a avaliação da eficiência energética: a) a avaliação potencial; e b) o desenvolvi- mento para avaliação operacional. “Ao realizar a avaliação potencial da edificação, se está mirando na etapa de projeto ou na etapa de retrofit, ou seja, o que é possível mudar na edificação. Isso faz com que você preste mais atenção nos aspectos do setor, constitua uma envoltória que mantenha uma carga térmica e aproveite bem a iluminação natural sem ofuscamento etc. Já no desenvolvimento para avalia- ção operacional, é preciso medir e verifi- car o consumo, fazendo benchmarkings, comparando sua situação em relação à média do mercado, e a manutenção e operação dos equipamentos no dia a dia”, explicou Krause. E destacou que o selo Procel Edifica- ções, lançado em 2014 pela Eletrobras prega a melhora dos projetos, redução do consumo da energia elétrica, especifi- cação do plano de eficiência e mudança do paradigma para empreendimentos comerciais, de serviços e públicos. Cer- tificado de alta eficiência, ele avalia tam- bém o envoltório, como iluminação e condicionamento de ar baseado no PBE Edifica, mas estabelece critérios adicio- nais. Até o momento, desde dezembro de 2014 até hoje, são 12 selos obtidos para projetos, e 28 selos para edifícios construídos. Representando o Ministério de Minas e Energia, o Coordenador de Eficiência Energética, George Alves Soares, desta- cou a evolução significativa que o Brasil alcançou nos últimos 30 anos em ma- téria de eficiência energética e as ações futuras. “Quais são as metas do Gover- no Brasileiro?”, questionou o Coorde- nador: “Tanto na COP21 como no Plano Nacional de Energia, a meta é reduzir 10% de economia de energia até 2030, o que significa algo como 100 terawatts de economia segundo a estimativa de aumento de carga, ou seja, 10% desse

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