Revista Infra Fevereiro 2017

57 INFRA Outsourcing & Workplace BIM | por Pedro Soethe* BIM NA INFRAESTRUTURA: QUANDO DEVO IMPLANTAR UMA NOVA TECNOLOGIA? treinar as pessoas. Portanto, a defini- ção da tecnologia é fundamental para que os outros itens da pirâmide virem realidade. Qualquer um que trabalhe com implementação de procedimentos sabe que processos vagos e treinamen- tos abstratos são os primeiros passos para o fracasso de um de projeto. As empresas, frequente- mente, se deparam com o dilema sobre qual é o momento ideal para adotar uma nova solução, neste caso, a ado- ção do BIM. Dian- te do dinamismo do mercado atual e das vantagens encon- tradas comuso do BIM, o ideal é que essa decisão seja tomada o quanto antes. O BIM, por exemplo, é uma meto- dologia comprovadamente eficiente e com grande retorno de investimen- to, isto é, o investimento na sua im- plementação é relativamente baixo comparado ao retorno que ele gera. Alguns estudos mostram o retorno em projetos de infraestrutura na ordem de 8% somente na tro- ca de metodologia antes baseada em CAD para uma tecnologia BIM. Indo ao encontro des- sas constatações, cada vez mais órgãos estão se mobilizando para ado- tar um novo modelo de processo. Para citar alguns exemplos: CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção); Sinduscon (Sindicato da Construção); órgãos gerenciadores de estruturas de infraestrutura como o DNIT (Departa- mento Nacional de Infraestrutura de Transportes), a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropoli- tano), Exército Brasileiro, Metrô (Metropolitano de São Paulo); entre outros. Alémdisso, algumas institui- ções levantaram a bandeira do BIM para que a sua adoção passe por discussões emcomis- sões na Câmara dos De- putados do Brasil até virar lei. À medida que empresas e esferas políticas demoram a adotar a meto- dologia BIM, interfere-se nesses três itens: tempo de aprendizagem maior, menor retorno adquirido e defasagem competitiva nomercado. Cada vez mais órgãos estão exigindo o BIM, portanto, aqueles que passarem a utilizá-lo terão benefícios competitivos de mercado e facilidade na absorção das novas ver- sões tecnológicas. Pois, o BIM é dinâ- mico como o mundo de hoje. * Pedro Soethe é Especialista Técnico na área de Infraestrutura para softwares da Autodesk no Brasil. Sua função é mostrar como novas tecnologias como BIM e IoT, em conjunto com soluções da Autodesk, podem ajudar as pessoas a imaginar, a projetar e a criar um mundo melhor. H oje, o mundo é muito dinâmico, e falar isso é quase tão repetitivo quanto omantra do “sermais eficaz, pro- dutivo e econômico”. Sim, são chavões atuais no mundo dos negócios. Mas as grandes questões são: “Como estar pre- parado?”; “Como saber omomentoexato de investir em uma nova tecnologia?” Diversas amostras estão acontecen- do a todo momento a partir da neces- sidade de repensar metodologias de projetos. Se pegarmos alguns dados simples, como por exemplo, segundo o IPEA e o Banco Mundial, o mau estado de conservação das rodovias acarreta, emmédia, um aumento de até 58% no consumo de combustíveis, elevando o número de acidentes em até 50%, aumentando os custos operacionais de veículos em 38% e o tempo de viagem aumentamais de 100%. Isso é decorren- te de projetos ineficientes, como aponta o TCU, a maioria das obras não pos- suem projetos e muito menos estudos. Hoje, temos uma nova tecnologia aportando nomercado de infraestrutura, o BIM (Building Information Modeling), que é umametodologia de trabalho que se baseia em três pilares fundamentais: tecnologia, processos e pessoas. Ao olhar para essa pi- râmide, muitos podem questionar por que a tec- nologia é a base. A res- posta é simples: porque devemos definir qual tec- nologia será usada para, assim, criar processos e Pessoas Processos Tecnologia PROJETO BIM Divulgação

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