Revista Infra Março 2017

16 INFRA Outsourcing & Workplace mos, por exemplo, a substituição de um sistema completo de ar condicionado central composto por chillers, bombas e tubulações em imóveis locados e com ocupação. A atividade transcorreu sem afetar a rotina dos colaboradores. Omo- delo foi um sucesso e replicamos emdois outros imóveis posteriormente. A utilização assertiva dos recursos tem grande impacto, não? Sim. Tivemos um caso de alto número de reclamações devido a problemas no funcionamento de elevadores em três imóveis localizados em Belo Horizonte. A solicitação dos locatários era a subs- tituição dos equipamentos. Avaliamos a solicitação e constatamos através de uma consultoria especializada que os problemas de mau funcionamento dos equipamentos era devido à qualidade da manutenção periódica preventiva, sob responsabilidade da locatária. Após algumas reuniões, a empresa mantene- dora assumiu as falhas e os problemas foram corrigidos. Nessa ação tivemos a economia de aproximadamente R$ 10 milhões por não substituir os equi- pamentos. Nos quatro anos da área de gestão de ativos, temos muito a comemorar pelos resultados positivos apresentados para os nossos clientes internos e externos. Você acredita que um orçamento enxuto pode significar a oportunidade que o gestor precisa para agregar valor e se destacar? Um orçamento enxuto demonstra con- trole e correta utilização dos recursos. Dessa forma, em um momento da eco- nomia que exige “fazer mais commenos”, é importante reavaliar investimentos, re- negociar com fornecedores, revisar metas de qualidade e realinhar o cronograma de obras. Não é “deixar de fazer”, mas avaliar as necessidades e urgências. O empreendimento deve ser visto como uma unidade de negócio – valor, quali- dade e resultado. Falando da profissão de CRE, você vê este mercado em expansão? Tenho uma perspectiva otimista para o CRE. Observamos o aumento das res- ponsabilidades dos profissionais, tendo como foco planejamento e resultados. A área saiu do patamar de simples apoio e ganhou status de estratégia, com uma visão sobre recursos, tecnologia, multi- disciplinaridade, economia, eficiência na ocupação de espaço e autonomia. Isso exige qualificação, certo? Sem dúvida. Observo um mercado de oportunidades e cada vez mais exigente quanto à qualificação dos profissionais. No momento em que as empresas estão reduzindo seus custos operacionais e de ocupação de espaços, os profissio- nais de CRE estão aptos para auxiliar na obtenção de resultados. Já existem associações e entidades dentro e fora do País que ministram cursos de espe- cialização para o enriquecimento dos conhecimentos dos profissionais, como por exemplo: Abrafac, CoreNet, curso Gerenciamento de Ativos Imobiliários Corporativos com possibilidade de ex- tensão na certificação internacional, MBA da USP de Gerenciamento de Fa- cilidades, entre outros. Como/onde você espera estar daqui cinco anos? Com a previsão de retomada da econo- mia e primeiros passos já em curso, a tendência é de aumento do número de imóveis na carteira. Por isso, como geren- te da área, vejo que podemos colaborar com outras áreas do banco no desen- volvimento de atividades e crescimento, pensando nesse médio prazo. Uma mensagem final? Reforço que o desenvolvimento do CRE no Brasil nos últimos anos vem propor- cionando oportunidades para os profis- sionais que desejam ingressar na área. Por isso, é importante o profissional se capacitar, ganhar expertise e manter o networking sempre ativo. Tenho uma perspectiva otimista para o CRE. Observamos o aumento das responsabilidades dos profissionais, tendo como foco planejamento e resultados. A área saiu do patamar de simples apoio e ganhou status de estratégia, com uma visão sobre recursos, tecnologia, multidisciplinaridade, economia, eficiência na ocupação de espaço e autonomia” Profissional Destaque

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