Revista Infra Agosto 2017

47 INFRA Outsourcing & Workplace FINANÇAS | por Alberto Coutinho e Renato Charlier* ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO FINANCEIRO Entendemos que os bons Modelos De Planejamento Financeiro devem ser muito bemorganizados, transparen- tes, inteligíveis e auditáveis. Sua consistência deve ser garantida pelo respeito aos princípios contábeis e devem gerar DRE, Balanço e Fluxo de Caixa Direto de forma integrada. O Modelo de Planejamento Finan- ceiro complementa as tradicionais projeções orçamentárias de Despesas/ Salários e Investimentos exibindo pra- zos estratégicos de receitas, impostos diretos/indiretos, custos, depreciação, empréstimos, receitas/despesas finan- ceiras, dividendos etc. Assim, áreas como Tesouraria, Mar- keting, Planejamento Estratégico e ou- tras podem auferir vantagens táticas e estratégicas das atividades de projeção financeira. Diferentes cenários podem ser simulados, sempre que necessário, sem refazer o orçamento. O processo decisório das empresas não deve prescindir da agilidade pro- porcionada por geração on-demand de projeções acuradas que mostram, a cada cenário, informações como: • saldo, entradas e saídas de caixa de curto a longo prazos; • endividamento projetado; • comportamento de empréstimos exis- tenteseprojetados, incluindosimulados; • sensibilidade das projeções (DRE, Ba- lanço e Fluxo de Caixa) a variações em juros, inflação, câmbio, preços, demanda etc. • sensibilidade a estruturas societárias diversas;. • viabilidade de novos projetos, incluin- do fusões e aquisições. Ao contrário do que se imagine, agre- gar a função de projeção orçamentária tática à função estratégica de Planeja- mento Financeiro não requer enormes esforços por parte de TI. Ao aproveitar os números orçados por sistemas mais pesados (já existentes ou “a desenvol- ver”) de salários/despesas e investimen- tos, os bons Modelos de Planejamento Financeiro são implantados de forma praticamente indolor. Adicionalmente, trazem benefícios agregados que atin- gem a esfera estratégica da empresa, propiciam agilidade e embasamento sólido à tomada de decisões importan- tes, além de trazerem transparência a respeito da operação e do negócio, e ajudarem a melhor formar e informar os profissionais gestores da empresa. Finalmente, a transparência gerada por relatórios financeiros projetados consistentes mostra-se uma grande aliada dos acionistas e gestores finan- ceiros para informar o público externo acerca do potencial do negócio, seja para fins de mercado de valores mobi- liários, seja para atrair investidores e agentes financeiros. * Alberto Coutinho e Renato Charlier são Consultores Internacionais da R Charlier SG na área Financeira incluindo Orçamento, Planejamento e Modelagem Financeira para empresas nacionais e multinacionais, inclusive o Banco Mundial. – www.rcharlier.com Fotos Divulgação H á tempos, empresas investem significativamente em Tecnologia da Informação (TI), pessoal e gestão, para elaborar orçamentos acurados e comprometidos. Independentemente do processo utilizado, muitas focam o orçamento e controle orçamentário apenas nas projeções de despesas, salá- rios, encargos e investimentos (Capex). Ocontroleorçamentárioassumeuma postura “fiscalizadora”, com ênfase nos aspectos táticos de controle dos Fluxos de Caixa negativos operacionais imedia- tos. Propomos otimizar o esforço realiza- do para projetar as metas da empresa, aproveitandoos resultadosdoorçamento paragerar informaçõesmais abrangentes, como é feito emalgumas corporações de sucesso no Brasil e no mundo. Existem dois cenários igualmente favoráveis a nossa proposta: em um, a empresa está confortável com sua rotina de orçamentação e controle, e detémo conhecimento e as ferramentas de TI adequadas. Em outro, precisa de- senvolver ou melhorar estes aspectos. Em ambos os cenários, o esforço de orçamentação deve ser valorizado e aproveitado no Planejamento Finan- ceiro, com aumento de sua influência nas tomadas de decisão. Modelos financeiros adequados permitem a projeção sistemática do conjunto dos relatórios financeiros, a cada cenário produzido: Demonstração de Resultados (DRE), Balanço Patrimo- nial e Fluxo de Caixa (Indireto e Direto).

RkJQdWJsaXNoZXIy Mjk5NzE=