Revista Infra Outubro 2017

39 INFRA Outsourcing & Workplace Atualmente, o Grupo NotreDame Intermédica possui 17 unidades hospitalares, dois prontos-socorros e 70 centros clínicos que utilizam serviços de lavanderia. “Nosso enxoval é 100% locado, através de dois contratos com controles que utilizam a tecnologia RFID”, conta Hermes Zanona, Gerente Corporativo de Infraestrutura do GNDI. A gestão do contrato está sob a responsabilidade da Gerência de Administração de Serviços e Facilities, por meio da Coordenação de Higiene e Limpeza à frente de toda a operação. Nas unidades hospitalares, a operação local é executada pela equipe de rouparia que responde para a coordenação de Hotelaria de cada local, em média três funcionários por unidade hospitalar. Mensalmente são lavadas 298 toneladas de roupas de todo o grupo. O novo sistema, que utiliza a tecnologia RFID, consiste em peças de roupas com chip embarcado, que permite a leitura através de antenas pré-instaladas na lavanderia em todos os processos de higienização, e nas unidades onde o GNDI tem antenas na entrada da rouparia, na mesa de distribuição dos quites e nos expurgos onde saem a roupa suja. Foram seis meses de projeto interno para o estudo de custos e quantificação e padronização, e três meses de implantação. Além disso, são dois contratos divididos logisticamente em região A e B, que atendem todas as unidades da GNDI. Os principais pontos que levaram à decisão de um projeto de 100% de locação foram: • Diminuição nos custos quando somados: a aquisição de enxoval, prestação de serviços de higienização (lavagem) e custos administrativos (compra, estoque, logística, distribuição) dos enxovais próprios. “Nosso estudo permitiu baixar custos da ordem de 12%”. • Quantidade correta de roupas nas unidades. “No modelo anterior tínhamos sobras e faltas, pois o tempo de reposição dos enxovais próprios nem sempre acontecia no prazo necessário, fazendo com que algumas unidades mantivessem estoques além do necessário e outras com falta para completar a operação diária”. • No modelo 100% locado, tem-se um rol pré-definido de trocas por dia da unidade e o controle de leitura do chip em todo o processo (lavanderia x rouparia x distribuição interna da unidade x lavanderia), permitindo que a roupa suja retirada no dia anterior retorne nas mesmas quantidades de peças limpas no dia seguinte; além da diminuição de custos administrativos. “Também teremos uma operação profissional, com controles informatizados que facilitarão tomadas de decisão, estatísticas confiáveis, informações on-line de todas as unidades de forma individual ou consolidadas, além de agilidade em ajustes na operação para aumento e diminuição de quantidades, quando necessário”, complementa Zanona”. LAVANDERIA COM TECNOLOGIA RFID de dois fornecedores: Lavsim (da Servizi Italia) e Atmosfera (da Elis). Saiba mais no quadro da página 39. GESTÃO DE RESULTADOS Gerente de Operações do HCor, res- ponsável por uma área de 55 mil m 2 , Do- menico Caruso compartilhou um case repleto de inovações quando o assunto é limpeza hospitalar. Oportunidades para reduzir custos compessoal, produtos quí- micos e água; modernizar os processos de limpeza; reduzir riscos de acidentes; promover a sustentabilidade ecológi- ca; reduzir o absenteísmo; e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para isso, fazer uso da nanotecnologia foi uma das sacadas: incorporar uma engenheira química na equipe trouxe entendimento sobre os processos químicos. Ou seja: apenas quebrando as moléculas, foi pos- sível ter água alcalina (que faz papel de detergente) capaz de limpar com eficiên- cia e sem o uso de outros produtos, ou água ácida (desinfetante). Detalhe: não mancha nem danifica o piso, evita que o colaborador tenha contato com produto químico e ainda retira da rua o caminhão que serviria para transportar o material. Com a mecanização, a economia foi de 89% com apenas uma máquina. Foi possível reduzir de uma hora para 18 minutos o tempo de limpeza de uma área de corredores de 240 m 2 . Já com a gamificação, houve o maior engaja- mento das pessoas, estímulo positivo à competitividade entre os agentes da limpeza, valorizando-os e otimizando os processos e a superação das metas. “O facility manager e o hospital como um todo precisam ter coragem. Estar abertos às novas tecnologias que podem agregar valor à operação, às pessoas e aos negócios”, resumiu ele.

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