Revista Infra Outubro 2017

41 INFRA Outsourcing & Workplace Ricardo Guggisberg (ABVE), Renato Povia Silva (CPFL Energia) e Alexandre Roxo (RV Gestão) exclusivos de estacionamento, acesso a algumas áreas da cidade restritas a veículos sustentáveis, entre outras. Outro ponto é que os veículos híbri- dos e elétricos sãomais caros do que um veículo comum por conta da tecnologia empregada, o que dificulta a populari- zação da categoria. No caso do veículo híbrido, por exemplo, há doismotores, um a combustão e outro elétrico, sistema de regeneração de energia, entre outros fa- tores que o torna tecnologicamentemais avançado e proporcionalmentemais caro. O custo das baterias dos elétricos puros é outro fator de peso, já que os componentes correspondem a 50% do valor do carro. Como aumento da escala, no entanto, a tendência é de que o preço diminua. “Por conta do preço dos veícu- los, que ainda é alto para o consumidor final em geral, principalmente por causa do imposto de importação, a aquisição se torna inviável”, diz Ricardo Guggisberg, presidente da ABVE. Tambémhá a necessidade de criação de uma malha de infraestrutura de recar- ga. A associação está propondo umPlano Mínimo de Desenvolvimento, sugerindo para a iniciativa privada, concessionárias e distribuidoras de energia a instalação de eletropostos. A iniciativa deve ser combinada com projetos que estimu- lem o uso da recarga por VEs, como táxi, carros compartilhados etc. Atualmente existem cerca de 100 ele- tropostos no Brasil. Eles se concentram nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, conforme mostra o aplicativo Plugshare, comas áreas de interesse e até ummapa. Consulte: www.plugshare.com/. ELETROPOSTOS PELO BRASIL Na vanguarda, algumas empresas já se movimentam neste sentido. É o caso da CPFL Energia, maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, que em conjunto com a Rede Graal inaugurou nomês pas- sado um eletroposto no Posto Graal 56, no km 56 da Rodovia dos Bandeirantes. O projeto é o primeiro corredor in- termunicipal para veículos elétricos no Brasil, interligando as cidades de Cam- pinas, Jundiaí e São Paulo, sentido in- terior - capital. Desde o final de 2015, os usuários da mobilidade elétrica já po- diam realizar o trajeto capital - interior com o eletroposto instalado pelas duas empresas no Posto Graal 67, no km 67 da Rodovia Anhanguera. Conversando com o Gerente de Ino- vação e Transformação do Grupo CPFL, Renato Povia Silva, descobrimos que um eletroposto (com uma tomada) custa aproximadamente R$ 50 mil e tem a sua instalação realizada emumdiamediante obras civis simples e ligação com a rede de energia, após aprovação do projeto técnico. Quanto à capacidade, 80% do veículo elétrico é recarregado em até 30 minutos em eletropostos de recar- ga rápida. “É importante destacar que há uma tendência de queda futura nos preços, conforme a produção passe a ser nacional (hoje os eletropostos são importados)”, explica ele. Já nos eletropostos de recarga semi- -rápida, o tempo é de uma a duas horas. Quemvisitar o Shopping Parque das Ban- deiras, emCampinas, poderá conferir isso de perto; desde fevereiro a CPFL Energia instalou um ponto de carregamento no empreendimento. O equipamento faz parte das ações desenvolvidas no projeto Emotive –ProgramadeMobilidadeElétrica da CPFL – e temcomo objetivo fomentar a expansão dos veículos elétricos na região metropolitana de Campinas e no Brasil. Desde 2015, os usuários dos veícu- los elétricos podiam recarregar os seus automóveis no Shopping Iguatemi Cam- pinas. No total, a cidade dispõe de sete eletropostos públicos, viabilizados pelo projeto Emotive. O custo de instalação é bancado pela empresa de energia, enquanto o shop- ping fica com os custos de energia, além de disponibilizar duas vagas exclusivas de estacionamento, o que torna possível a conexão de qualquer modelo de veículo elétrico – compatível com o eletroposto, independente da localização do plug de recarga no carro. Saiba mais em: www. cpfl.com.br/emotive. “Como aumento crescente de veículos híbridos e elétricos emtodo omundo e no Brasil, acredito que seja fundamental que os espaços comecem a se planejar para integraremprojetos em infraestruturapara Fotos Divulgação

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