Revista Infra Setembro/Outubro 2018

30 INFRA Outsourcing & Workplace SMART OFFICE: POR QUE É URGENTE COMEÇAR A IMPLANTAR? E COMO? SMART OFFICE  |  por Flávio Pimentel e Marcelo Junqueira P rovavelmente no primeiro momento em que você leu o título deste artigo, palavras do mundo da tecnologia como analytics, IoT, cloud computing, mobile, dentre outros, passarampela sua cabeça. Certamente fica impossível não vincular o termo a tecnologia. No entanto, o aspec- to principal da urgência da frase não está relacionado a falar sobre tecnologia. Há uma enorme perda de competitividade devido à baixa produtividade e a cres- cente dificuldade em reter talentos, os quais explicitamente começam a estar vinculados ao workplace. Em uma Era de Conhecimento Digi- tal , os itens relacionados a “People“ já são apontados hoje como um principal fator de risco no curto prazo para a so- brevivência de negócios, independente do seu tamanho e mercado. A ausên- cia de uma cultura digital corporativa cria reflexos diretos à competitividade, principalmente pelo desalinhamento com o Customer Experience. Em outras palavras, o gap que há entre a cultura digital vivida fora das empresas e dentro dela, conduz a uma ineficiência compe- titiva. Se você pensa que isso não é real, basta verificar os números que apontam já para 2020 a existência de uma força de trabalho com cerca de 50% formada por milleniuns, ou seja, pessoas que já nasceram dentro de uma cultura total- mente digital. Não é tão difícil perceber que este gap se reflete em aumento de custos internos, perda de produtividade e choques de culturas que terminam por criar vícios corporativos e aumentos de custos operacionais. Dentre os vários papers que ilustram isso, a Microsoft no seu artigo “Digital Cul- ture: your competitive advantage” (https:// bit.ly/2InyqeZ ) enumera um conjunto de estatísticas que já comprovamdiferenças de resultados associadas ao item “Peo- ple” em empresas com maior, média e alta cultura digital. Sobre cultura digital corporativa, é vi- sível uma verdadeira corrida embusca da Transformação Digital nas corporações motivada por um resgate de suas relações comomercado. Aliás, esse é o assunto #1 da agenda global dos CEOs das empresas, e que já vem sendo fortemente investido nas suas áreas de negócios, mas ainda parece ser desconhecido nas áreas meio. Mas qual a relevância disso ao setor de facilities? É impossível não enten- der que o workplace, sem ser pensado em uma cultura digital, vai ser cada vez mais o entrave à transformação digital das empresas. E é importante entender que ter cultura digital, não é ter altos investimentos em tec- nologia. Afinal, não adianta somente ter umprédio boni- to, todo cheio de tecnologia, mas que não funciona bem por dentro. Ou através de ou- tra analogia, não adianta ter a automação de ponta sobre como o prédio todo esquen- ta ou esfria, ou quem conso- me mais ou menos energia e água, sem entender como se realiza isso dentro dele em função do que as pessoas fazemou do que cada pessoa precisa. Entramos na Era do Customer Experience , ou mais adequado ao caso, a Era do Employee Experience . Nas discussões sobre transformação digital, esse último aspecto tema ver com “entender consumidor”, entender suas jornadas de consumo, saber quais os touch points, …, em resumo, conseguir tratar a realidade exata de cada indiví- duo, e não suamédia. Isto para realmente poder ser assertivo nas ações e obter os melhores resultados de alinhamen- to oferta vs. demanda. É o aprendizado sobre Customer Experience. De forma análoga, o mesmo ocorre quando o cus- Divulgação

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