Revista Infra Janeiro/Fevereiro 2019

8 INFRA Outsourcing & Workplace e como gerar sistemas mais eficientes para trazer um retorno melhor para a empresa. É a cocriação do ambiente de trabalho. Mesmo na fábrica, um am- biente mais técnico, temos trabalhado de uma maneira diferenciada, seguin- do esses princípios, porque a dinâmi- ca do negócio também tem mudado e requerido isso da gente. Antes, o foco era sempre nos aspectos técnicos e fun- cionais de um projeto, agora temos visto coisas cada vez mais empíricas que são importantes num ambiente de traba- lho. Questões geracionais, culturais ou mesmo estratégicas da própria Bosch, que estão demandando esse tipo de atitude. Para nós, os últimos três, quatro anos têm sido uma grande jornada de transformação. E os terceiros? A prestação dos serviços tem melhorado ao longo do tempo? Douglas – Gerenciamos cerca de 15 contratos fixos para as atividades roti- neiras, além dos contratos volantes para obras e atividades específicas. Quanto à qualidade, acredito que tem havido mais empresas de grande porte com uma abordagemmais profissional nes- ses serviços. Não vemos motivos para internalizar. Se retrocedermos 10-15 anos, eram pouquíssimas as empresas que tinham porte, estrutura e profissio- nalismo adequados, no nosso ponto de vista. Hoje em dia, você já tem uma variedade um pouco maior. O segredo está em saber escolher o parceiro certo, embora ainda falte no mercado uma empresa que consiga atender em 100% das regiões do País. Quais são os principais critérios para a seleção de um terceiro? Douglas – A primeira etapa é visitar uma empresa, de porte similar ao nosso, e onde ele já presta aquele serviço. Vamos lá e falamos com a pessoa que toma o serviço, verificamos na prática se o servi- ço é qualificado. Isso é decisivo para dar- mos ou não sequência no processo. Esse benchmarking é importante, também, para mostrar que as ideias implemen- tadas pelas outras companhias podem servir para a Bosch, e vice-versa. Foi o que aconteceu em uma das visitas há dois anos a uma empresa da região que também trabalha com equipamentos muito pesados. Assim como nas insta- lações deles, a sobrecarga nos nossos pisos demandava uma alta taxa de ma- nutenção que foi solucionada com uma solução relativamente simples: trocar o piso epóxi (que a cada seis meses/um ano precisava de reaplicação, fazendo com que a taxa de manutenção fosse alta), pela técnica de lapidação de piso. Com isso, reduzimos a zero os nossos problemas. É um exemplo clássico de como a área de FM é rica, diversa e criativa? Paulo – Semdúvida! FM é sair do óbvio, é inovar, é criar pequenas coisas, mas que serão de grande utilidade no dia a dia. Recentemente instigamos o nosso pessoal a pensar fora da caixa e o resultado foi uma daquelas cabines telefônicas de Lon- dres, com ar condicionado e tratamento acústico que pode ser utilizada para uma ligaçãomais sigilosa ou trabalho que exige mais silêncio, nomeio do nosso escritório. Usamos como plataforma de teste e tem dado certo, assim como outras ideias co- locadas emprática. Outro projeto recente foi a remodelação de um dos escritórios da companhia nesta planta sem parar a operação. A solução foi transferir, duran- te três meses, 120 funcionários para um andar provisório. A arquitetura despojada somada à comunicação visual criativa e ao mobiliário moderno alugado fizeram do espaço volante sucesso absoluto en- quanto reformávamos o escritório oficial. REPORTAGEM DE CAPA Emerson Oliveira Planta Campinas: 40% do Real Estate da Bosch na América Latina

RkJQdWJsaXNoZXIy Mjk5NzE=