Revista Infra Maio/Junho 2019

135 INFRA Outsourcing & Workplace SEU ESTACIONAMENTO ESTÁ CONFIGURADO LEGALMENTE E COM BOA RENTABILIDADE? “No setor hospitalar a área de es- tacionamentos geralmente é es- quecida, mas temos de ser mais sensíveis e perceber que está ha- vendo uma mudança da relação do usuário com o carro e do carro com a cidade. Nós somos uma das maiores capitais do mundo com uma das menores malha de metrô do mundo. Mesmo assim, as novas gerações estão cada vez menos preocupadas em ter um automó- vel. Com isso, o futuro da frota e do veículo tende a alterar. Nos últimos três ou quatro anos, já diminuiu a ocupação de 20%a 30% de quase todos os estacionamen- tos. O hospital é um pouco diferen- te, mas essa mudança e essa dimi- nuição não podemser desprezadas. Um item importante nos estacio- namentos do ambiente hospitalar que precisamos melhorar é a ra- pidez da recepção e devolução do veículo. Projeto feito em conjunto obra, consultoria, pessoal de gara- gem proporciona que se chegue ao melhor resultado possível nessa fase operacional e permite ter uma área bem equipada, com mano- brista, uma boa fila etc. Por fim, deixamos como reflexão pensarmos na redução da exigên- cia legal da quantidade de vagas a serem oferecidas nos empreendi- mentos. Tudo isso provavelmente exigirá um redimensionamento das áreas de garagem, para qual- quer tipo de empreendimento, e uma nova abordagem do seu pa- pel e utilização”. FadvaGhobar, Diretora na Ghobar Arquitetura e Planejamento de Garagens RETROFIT DE UM PRÉDIO COMERCIAL TRANSFORMADO EM UM EQUIPAMENTO DE SAÚDE – CASE HOSPITAL HUMANA MAGNA “O Hospital Humana Magna é uma instituição focada na atenção aos pacientes que necessitam de cui- dados continuados. Atendemos a pacientes de três tipos de hospi- talização: reabilitação, cuidados paliativos e de longa permanência. Nosso modelo é do cuidado pós- -hospitalar, com menos tecnologia e muito mais serviços agregados ao leito. FACILITIES HOSPITALAR – HCI GROUP BRAZIL APRESENTA CASE VENCEDOR DO PRIMEIRO CONCURSO ORGANIZADO PELO GRUPO “No trabalho de gestão ambiental realizado no Instituto Mario Penna, emBelo Horizonte, o gerenciamen- to de resíduos é um dos braços desse processo, e como uma insti- tuição hospitalar, geramos vários tipos de resíduos insalubres. Por isso, propusemos o gerenciamento de forma sustentável com o menor custo possível. Porém, o cenário mudou em 2014 e parte desses serviços, que eram coletados pela Prefeitura, tiveram de ser cortados, pois o aterro sanitário da cidade atingiu sua capacidade máxima. Quando isso foi anunciado as em- presas terceirizadas aumentaram os preços, mas como o nosso hos- pital é filantrópico, seria algo de grande impacto para nós. Então, como procedemos? Nós acredita- mos que essa coleta é de respon- Esses três tipos de pacientes exi- gem muito cuidado, o que para o hospital não traz menor rentabili- dade. Nosso modelo é o de ‘desos- pitalização’, ou seja, um hospital ‘de transição’, para cuidar dessas pessoas que precisam de atendi- mento, mas com um custo mais adequado ao tipo de atendimento. Tivemos uma série de desafios ao promover o retrofit da instalação para que ela pudesse atender to- das as necessidades especificas desse hospital. A busca pelo imóvel foi uma delas, incluindo a viabili- dade operacional, isto é, planta, fachada, áreas externas, elevador de maca, fluxos, compartimenta- ção, racional de áreas assistenciais, serviços e hotelaria, além de trans- porte e tráfego. Nosso desafio de Facilities, foi fa- zer a gestão dessa nova unidade e como se planejar para a expansão da rede. Tivemos de descobrir o que poderíamos terceirizar, o que realmente faria parte do nosso core business, e, para não ter desperdí- sabilidade do poder público, por isso tentamos negociar, mas não conseguimos. Então, movemos uma ação judicial contra a Prefeitura, e o principal ar- gumento foi embasado na lei orgâ- nica do município, artigo 150 e 151 que diz que omunicípio tema com- petência de executar a política de saneamento básico, incluindo o tra- tamento de resíduos hospitalares. O resultado foi que nós ganhamos uma liminar que obriga a Prefei- tura a continuar coletando nossos resíduos sob pena de multa diária em um valor considerável, e ela foi obrigada a contratar uma empresa terceira para fazer a destinação dos resíduos.” Natalia Lá-BadiéDolabela, Analista Ambiental Sênior e João AugustoViana Ferreira , Assistente de Gestão Ambiental, ambos do Instituto Mário Penna cio, o primeiro ponto foi contratar pessoas especializadas. Buscamos parceiros que pudessem crescer junto com o hospital, por isso fomos em busca de grandes players para construir este cenário. Hoje, nossa atenção está voltada principalmente para a experiência do cliente com a equipe de apoio. Por isso, temos focadomuito emtrei- namento das pessoas, manuais, pro- tocolos e investido em tecnologias. A manutenção preventiva é outro item que tem relevância no nosso plano de atuação. Apesar de ser um prédio retrofitado, descobri- mos vários desafios que tiveram que ser superados sem atrapalhar o paciente. Dessa mesma forma, tivemos de realizar processos efi- cientes em engenharia clínica e controle de enxoval.” ArthurHutzler, Sócio da Trigger Participações, fundo de investimen- tos responsável pela rede de hospitais HumanaMagna, o qual é CEO; e Ed- mar Virgulino, Gerente de Operações doHospital HumanaMagna

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