Revista Infra Julho/Agosto 2019

119 INFRA Outsourcing & Workplace Ambientes sensíveis demais ao público Minha experiência em varejo diz que o público é extremamente sensível aos ambientes onde temalgum tipo de con- tato mais próximo. Tratamento de piso alto brilho traz sensação de bem-estar em shoppings, praças de alimentação, e, obviamente, no foco deste artigo: os banheiros. Assim como os sanitários podem ser objeto de encantamento, também po- dem contribuir para uma experiência trágica. Mal odor, pias molhadas ou en- tupidas, mictórios ou vasos sanitários interditados com saco de lixo, mops sujos e soltos, dispensers de papel hi- giênico desabastecidos, oumesmo uma torneira sem funcionar podem causar extremo desconforto e sensação de repugnância. E quem cuida desses ambientes? Não adianta nada, instituir um colabo- rador de limpeza para cada banheiro, pensando que “assimnão teremos mais problemas”, se o colaborador ficar mui- to no celular, não se preocupar com a postura perante os clientes, ou não cuidar do ambiente como deveria. A proatividade desse profissional, com acompanhamento de supervisão, alia- da aos processos corretos (pops bem elaborados e descritos) podem fazer a diferença. E acredite, o seu cliente repara! A regra é clara, só permita fun- cionário fixo em banheiro de alto fluxo, do contrário, o tédio pode tomar conta, reduzindo a produtividade, sem contar que você poderia otimizar essa mão de obra em outras tarefas. E os banheiros dos nossos colaboradores, como fica? Investir em banheiros e vestiários para colaboradores, pode ser sim, uma for- ma de dizer para essas pessoas: “Eu me preocupo com vocês”. Quem visi- ta companhias em que esses espaços são bonitos e bem cuidados tende a pensar: “Se os banheiros são assim, imagine o resto”, “Se existe esse cui- dado incomum com os funcionários, imagine com os clientes”. E sobre as melhoras práticas do ponto de vista de infraestrutura? Tenho visto algumas práticas bem legais sobre infraestrutura como: …pesquisas mostram que seis em cada dez pessoas voltam com mais frequência a um restaurante se o banheiro estiver limpo; da mesma forma que 94% das pessoas jamais voltariam a um local com banheiros sujos • Divisórias suspensas: facilitam (e muito) na produtividade da limpeza profunda, na Europa é muito comum esse modelo. • Sistemas demonitoramento da qua- lidade: via SMS ou mesmo no tablet, saber como anda a satisfação dos clientes e poder agir rápido quando algo sair errado, é usar a tecnologia a seu favor. É ultrapassado e descabido a folhinha atrás da porta com rabiscos dos horários de limpeza. Temos estu- dado um sistema onde fica exposto a foto do funcionário que cuida do banheiro, é ou não é uma forma de deixá-lo mais comprometido? • Mictórios secos: esqueça o mito do mal odor, isso só acontece se a manu- tenção/instalação não tiver sido feita corretamente. Esses mictórios econo- mizammilhares de litros de água. E é preciso pensar emumdesenvolvimen- to sustentável para o bem de todos. • Uso de ozonizador na lavagem: a água ozonizada, mata além de bacté- rias, fungos e vírus, ou seja, temmaior eficácia que os desinfetantes normais a base de quaternário e custam bem menos. Mas atenção! Para ter o efeito bacteriostático (proteção contramicror- ganismos) é recomendável não abolir o desinfetante completamente – use commoderação na limpeza periódica. • Pias ovais: fujadosmodelosquadrados bonitinhos – elas não funcionambem. Comouso racional de água e instalação de arejadores nas torneiras, você pode ter sérios problemas quando alguém escovar os dentes ou fazer a barba nas pias quadradas. Não há caimento e seu profissional de limpeza terá trabalho para fazer descer esses resíduos. Neste quesito, menos é mais.

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