Revista Infra Janeiro/Fevereiro 2020

56 INFRA Outsourcing & Workplace ESTUDO DA JLL MOSTRA CRESCIMENTO NO NÚMERO DE EMPRESAS QUE APOSTAM EM PROGRAMAS DE MOBILIDADE A redução de custos e o maior engajamento da equipe estão entre as vantagens dos escritórios flexíveis OCUPAÇÃO | por Leá Lobo M obilidade é um tema em ascensão nas empresas, de acordo com o Guia de benchmarking de ocupação 2018-2019, da JLL, divulgado em 16 de setembro de 2019. Em 2017, 41% das organizações pesquisadas disseram que possuíam um programa de mobilidade. Agora, o número cresceu para 52%. O guia entrevistou 108 líderes de 69 em- presas de diferentes países. O estudo aponta que as empresas têm buscado proporcionar um ambien- te mais ágil, que se adapte aos hábitos de trabalho dos funcionários e promova uma cultura de inovação, integração e colaboração. Como suporte tecnológico, os funcionários conseguem atuar mais livremente, tanto dentro do escritório como de forma remota, de onde se senti- remmais produtivos. Assim, para reduzir o espaço subutilizado, diminuir custos imobiliários gerais e contribuir para o crescimento do negócio, as empresas têm apostado em estratégias eficientes de mobilidade. Para Roberta Hodara, especialista em Occupancy Planning, Change Manage- ment e Workplace da JLL, a estratégia também segue a tendência de oferecer uma experiência única aos ocupantes dos edifícios comerciais. “Atualmente, fala-se muito sobre promover bem-estar nas instalações e a felicidade dos cola- boradores. É o que as grandes empresas vêm buscando. A liberdade de escolha de como trabalhar e usar as ferramentas disponíveis no escritório ajudam a criar uma conexão entre os colaboradores, promovendo retenção de talentos e au- mento da produtividade. As pessoas estão priorizando a qualidade de vida”, afirma a Diretora da Consultoria Imobiliária. OGuia de benchmarking de ocupação mostra que as empresas da região Ásia- -Pacífico possuemmais funcionários que integramprogramas de mobilidade, com 64%, seguida de Europa, Oriente Médio e África, com 33%. Américas do Norte e Latina têmnúmeros parecidos, com 19% e 20%, respectivamente. A pesquisa também apresenta uma evolução nos programas de mobilidade, com as empresas afinando suas estraté- gias. Alguns exemplos disso são: • definição de vizinhanças, em que as áreas de espaços de trabalho são de- signadas para departamentos, grupos ou tarefas específicas por sinergia. Cer- ca de 80% das organizações com um programa de mobilidade utilizam as vizinhanças; • 83% dos programas de mobilidade oferecem uma solução de armaze- namento alternativa, como armários, para que os funcionários guardem seus pertences; • mais dametade (61%) dos entrevistados que contam com um programa de mo- bilidade possuem padrões de mobília de espaços flexíveis, índice maior que os 55% registrados em 2017. HOME OFFICE EM QUEDA Se, por um lado, as empresas estão aprimorando os programas de flexibilidade no escritório, por outro, tem diminuído a adoção do home office. Segundo o Guia de bench- marking de ocupação, pouco mais de 1/3 (36%) dos programas de mobilidade possuem componentes de home office. Em 2017, esse volume foi de 45%. De acordo com Roberta Hodara, os escritórios mais colaborativos e com estruturas mais adequada às necessi- dades das pessoas estão atraindo os co- laboradores para dentro das empresas. “Muitos amenities têm ajudado nesse sentido, desde espaço de sono, serviços estéticos, filiais de banco e até creches. Dessa maneira, é possível unir neces- sidades pessoais e o desenvolvimento profissional em um único espaço”, avalia a especialista. Divulgação Roberta Hodara

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