Revista Infra Março / Abril 2020

57 INFRA Outsourcing & Workplace a melhora na eficiência dos cuidados é o objetivo de um bom projeto guiado por esses conceitos. Para ser bem-su- cedidos, novos projetos dependem de uma compreensão profunda de como as pessoas vivenciam os espaços. Em vez de confiar exclusivamen- te em dados rastreáveis, o conceito de “design empático” está ganhando proeminência como um método para projetistas experimentaremo ambiente de assistência exatamente como os pacientes e demais usuários os viven- ciam. Na verdade, “design empático” não é um conceito novo, mas sim um conceito evolucionário, à medida que os planejadores da área de saúde criam tendências e implementam, continua- mente, diferentes estratégias para me- lhorar a empatia com o paciente. O que é novo, de fato, é que a tecnologia di- gital e a realidade virtual possibilitam um mergulho imersivo na experiência do paciente, orientando as melhores práticas. Ferramentas digitais em evolução, atualmente permitem a construção de uma empatia mais profunda em projetos. Usando software, óculos de projeção e controles manuais, criando uma visão experimental dos layouts e funções espaciais, a Realidade Virtual (RV) permite que designers, clientes e usuários, experimentem virtualmente o funcionamento de um espaço. A inova- ção trazida ao projeto pela RV, também fornece um feedback imediato do pon- to de vista do usuário e pode contribuir para melhorar o efeito dos ambientes de saúde sobre as pessoas, permitindo que os projetistas vivenciemos espaços como usuários. Uma série de filtros digitais, por exemplo, permite que os projetistas vivenciem fisicamente o processo de envelhecimento, simulando o compro- metimento da visão e outras condições relacionadas à idade. Simuladores de realidade virtual podem ser especial- mente úteis ao planejar espaços para idosos ou pessoas debilitadas e com limitações físicas, simulando condições semelhantes, que limitam ou impedem movimentos de braços e pernas, por exemplo. Tudo isso nos parecerá menos es- tranho quando olharmos para outros exemplos, onde os simuladores são empregados para o treinamento de pilotos, esportistas, profissionais de combate e médicos cirurgiões. Essas ferramentas estão trazendo uma nova dimensão para o processo de planejamento e projeto empático. Elas estão permitindo que planejadores e projetistas de ambientes de cuidados de saúde obtenham maior percepção de como as pessoas de fato vivenciamos espaços. Serão usadas para demonstrar novas abordagens edescobertas, avalian- do suas aplicações e impactos por meio de Avaliação Pós-ocupação (APO). APO em edifícios de saúde certamente será a ferramenta de avaliação que melhor fornecerá respostas sobre a real eficácia de projetos assistidos pelas tecnologias atreladas ao “design empático”. o conceito de “design empático” está ganhando proeminência como um método para projetistas experimentarem o ambiente de assistência exatamente como os pacientes e demais usuários os vivenciam

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