Revista Infra Março / Abril 2020

56 INFRA Outsourcing & Workplace Tecnologia da Informação, tecnologia digital, robótica, ciências médicas, medicamentosas e novos equipamentos de saúde, promovem mudanças num ritmo jamais imaginado INSTALAÇÕES DE SAÚDE ESTÃO EM CONSTANTE EVOLUÇÃO À medida que o paradigma muda constantemente, hospitais e clínicas acompanham os crescentes ciclos de mudança exigindo projetos mais flexí- veis e espaços adaptáveis, estimulando a discussão sobre os modelos e matri- zes utilizados para projetar edifícios de saúde. Embora muitas discussões atuais sobre tendências de saúde estão foca- das na redução de custos, bem-estar, saúde da população e tecnologia, as projeções do US Census de 2014, in- dicam que a proporção da população commais de 65 anos dobrará os níveis atuais até 2050. Diante disso, a saúde comportamental, o autismo e a demên- cia são tendências que acompanharão o crescimento do envelhecimento da população. Essa tendência terá impacto em muitos tipos de setores e práticas es- pecializadas. Aproximar-se das neces- sidades dessa população, com com- preensão funcional e empatia, abre uma oportunidade expansiva para a criação de projetos responsivos, in- tegrais e intuitivos. O objetivo disso é oferecer suporte às vulnerabilidades e necessidades físicas, cognitivas, senso- riais e emocionais dessa população. Entre outras, as considerações ge- riátricas no ambiente de cuidados, incluem desorientação, problemas de mobilidade e equilíbrio, comple- xidades de medicação e presença de comorbidades que criam necessidades complexas de cuidado. Novos conceitos prometem tornar tudo mais simplificado e eficiente. Transformar instalações estéreis em lugares mais familiares e acolhedores para pacientes, colaboradores e demais usuários, modificando os espaços para uma ambiência menos institucionali- zada. Afinal, é sobre as pessoas que vi- venciam seu dia a dia que a arquitetura produz seus efeitos diretos. A arquitetura deve contribuir na re- visão de processos e na modernização de instalações existentes, converten- do velhos espaços em ambientes de serviços integrados. Tudo isso visa a eliminação de desperdícios, econo- mia de recursos, segurança e conforto dos ambientes. Projetar ambientes de saúde que abordem o bem-estar dos usuários e ao mesmo tempo promova *Marcos Cardone é arquiteto especialista em urbanismo moderno e contemporâneo com ênfase em “O hospital como componente urbano”, Superintendente da CABE Arquitetos – Arquitetura para o setor de saúde, Fundador do Núcleo de Pesquisas e Estudos Hospital Arquitetura (Nupeha) e Ex-diretor do Departamento de Arquitetura do Instituto de Engenharia. ARQUITETURA HOSPITALAR | por Marcos Cardone* Divulgação

RkJQdWJsaXNoZXIy Mjk5NzE=