Revista Infra - Julho / Agosto 2020

TECNOLOGIA AUDIOVISUAL EM ESPAÇOS CORPORATIVOS Entendendo esta realidade da tec- nologia na vida das pessoas e como esta facilita a comunicação, seria levia- no concluir que o meio corporativo per- maneceria intacto. Tecnologia para as pessoas significa evolução, inovação, renovação, informação e ambientes que não acompanham esta integração, do físico com o digital, ficam descola- dos da realidade. Dentro de um cenário de economia recessiva, por conta do isolamento so- cial causado pela Covid-19, como será a volta a rotina em um ambiente onde as pessoas precisam se relacionar, mas com contato físico restrito? A resposta é conectividade em todo o lugar! As plataformas de reuniões remotas torna- ram as pessoas ainda mais produtivas encurtando distâncias e reduzindo o tempo comdeslocamento. Todos estão a um click de distância. O home office vai mudar muita coisa nos ambientes corporativos. De acordo com pesquisa realizada em 400 escritó- rios corporativos no Brasil, 95% destes pretendem explorar mais o trabalho remoto, mas não migrar totalmente [3]. Mediante a este cenário, para se adaptar à nova realidade, a empresa precisará estruturar uma política de home-office e fazer a gestão de esta- ções de trabalho, não dando lugar físico aos funcionários, mas lugares rotativos agendados digitalmente. Esta gestão é possível através de sistemas de agenda- mento de hotdesks e salas de reunião onde o usuário define, dentro das po- líticas da empresa, os dias em que ele irá ao escritório e em qual estação de trabalho ele ficará. Outro ponto é sobre o formato e as tecnologias necessárias para se fazer uma reunião. Atualmente a maioria das pessoas está adaptada às plataformas de reuniões remotas (Skype, Teams, Zoom, Webex etc.), portanto, o desafio é trazer esta realidade para o conceito do projeto. A tecnologia avançou neste quesito também, trazendo soluções onde o usuário chega com seu com- putador na sala de reuniões, o conecta via HDMI e USB na interface de mesa e usa sua plataforma de videoconfe- rência habitual com microfones pro- fissionais, caixas de som profissional e display adequado presentes na sala. Isso, além de ser um recurso muito atual, é mais barato que sistemas de videoconferência convencionais. Este já é um dos conceitos mais usados nos projetos atuais. Falando de hardware, uma terceira tendência nas empresas é a dos usuá- rios poderem transmitir sem fio o con- teúdo de seus celulares e PCs em uma tela, fugindo de problemas causados por tipos de conexões. Para resolver esta questão a indústria audiovisual trouxe um hardware onde o usuário se O home office vai mudar muita coisa nos ambientes corporativos. De acordo com pesquisa realizada em 400 escritórios corporativos no Brasil, 95% destes pretendem explorar mais o trabalho remoto, mas não migrar totalmente conecta a ele sem fio e consegue trans- mitir o conteúdo do seu computador ou celular para qualquer tipo de display como TVs, monitores e projetores. Mas como ficam os espaços públi- cos, fachadas, áreas comuns, lobbies e halls? A tendência é que estas se tor- nem contadores de histórias, harmoni- zando tecnologia e arquitetura. TECNOLOGIA AUDIOVISUAL EM ESPAÇOS PÚBLICOS Existe um conceito em ascensão na arquitetura chamado “Arquitetura de Mídia”. Este defende a concepção de um espaço de forma integrada com a tecnologia. Brynskov et al. diz que a arquitetura de mídia é o “conceito abrangente que engloba o design de espaços físicos em escala arquitetôni- ca, incorporando materiais com pro- priedades dinâmicas que permitem comportamento dinâmico, reativo ou interativo” [4]. Navegando no conceito, o que seria uma má aplicação e uma boa aplica- ção da arquitetura de mídia? Uma má aplicação seria uma TV pendurada na parede passando um conteúdo de TV por assinatura, em desarmonia com o ambiente, tanto em estética, quanto ao propósito e conteúdo. Para Webster, “As instalações digitais devem ser tratadas como um material arquitetônico que precisa ser manuseado com cuidado, bem projetado e com propósito” [5]. Uma boa aplicação dinamiza, empolga e expressa uma narrativa do espaço, situação tal encontrada no novo escri- tório da Serasa Experian, na Torre Su- cupira, na cidade de São Paulo, Brasil. O objetivo do projeto foi transformar o hall de entrada em um ambiente que contasse a história da empresa e im- 75 INFRA Outsourcing & Workplace

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