Revista Infra - Setembro / Outubro 2020

TECNOLOGIA | por Fábio Rodrigues* URGÊNCIA NA GESTÃO DE EQUIPES Parece um desafio impossível, certo? Felizmente, não é só por causa do coronavírus que as organizações vêm passando por grandes mudanças. Vi- vemos a era da transformação digital, ummomento emque novas tecnologias como Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Big Data entramemcena para automatizar processos e trazer mais eficiência para as organizações. É justamente adigitalizaçãoque pode ajudar gestores a monitorar de perto o trabalho de suas equipes operacionais. Por meio de uma plataforma de tracking de pessoas, por exemplo, uma empresa pode usar sensores IoTpara acompanhar amovimentação dos colaboradores du- rante suas rotinas produtivas. Ou seja, usando simples dispositivos, é possível visualizar as rotas percorridas por cada colaborador, conferir tarefas realizadas ou adiadas, calcular tempos de execução de cada uma das ativida- des, criar comparativos de performance entre os profissionais e encontrar pos- síveis gargalos nessas rotinas. Mas por que isso é tão importante? Você se surpreenderia com o número de desperdícios ocultos que existemem operações de facilities. Seja em tarefas que demorammais do que o esperado, pausas longas ou ativida- des desnecessárias. Vou te dar um exem- plo real de um dos nos- sos clientes. Por meio da plataforma da Novidá, eles identificaram que umdos colaboradores de facilities demorava cerca de 20% a mais para cum- prir suas atividades em relação aos seus companheiros. Em uma análise mais profunda, o gestor identificou que justamente aque- le profissional tinha um perfil mais jú- nior, ou seja, ele precisaria ser treinado e orientado para que seu desempenho fosse similar ao de seus companheiros. No entanto, estamos falando aqui de alguns minutos desperdiçados por ati- vidade. Algo quase imperceptível para umgestor acompanhar semo auxílio de ferramentas digitais. O que não significa que seja umproblema de pouco impac- to. Afinal, no fim do expediente esses “minutos” podem ter virado “horas” e ao final do mês até “dias” de desperdí- cio. A conta se multiplica se pensarmos quemais de um colaborador pode estar passando pelo mesmo problema. Na perspectiva sanitária, novamente o tracking de pessoas pode ser uma solução para garantir a segurança do ambiente de trabalho. Afinal, o gestor pode acompanhar remotamente se to- das as tarefas estão sendo cumpridas e qual é o tempo de execução de cada uma delas – o que pode dar uma boa ideia da qualidade do serviço prestado. Independentemente de qual plata- forma usar, é fundamental que os ges- tores se apoiem em dados para acom- panhar o trabalho dos profissionais de operação. Para isso, não há outro caminho: é preciso embarcar nas novas tecnologias e aproveitar todo o poten- cial que elas têm a oferecer. * Fábio Rodrigues é economista, Co- fundador e CEO da Novidá, startup residente do CUBO que usa IoT, AI e tracking de precisão para mapear a jornada de pessoas e equipamentos em ambientes de trabalho, gerando insights relevantes para a tomada de decisões V ivemos tempos de grandes mudan- ças e adaptações em todas as em- presas. A disseminação do coronavírus obrigou profissionais a reformularem suas rotinas de trabalho, criar novas práticas e reinventar caminhos para manter bons resultados. No setor de facilities management, a situação não é diferente. Muito pelo contrário, com o mundo inteiro preo- cupado com questões sanitárias, mais do que nunca as organizações precisam garantir a boa qualidade do trabalho executado por equipes de operação. Além disso, a crise também é finan- ceira: praticamente todos os setores tiveram seus lucros impactados pela pandemia. Assim, gestores precisam buscar maneiras de otimizar a eficiência e reduzir desperdícios. Olhar para seus times pode ser a saída para não perder aindamais dinheiro nesse novo cenário. Seja por uma questão sanitária ou de performance, a tendência é que as empresas estejam mais próximas de suas equipes de facilities. É fundamen- tal criar KPIs de desempenho desses times, acompanhar de perto a execu- ção das atividades, garantir a qualidade e entender exatamente quais são as tarefas que esses profissionais estão desempenhando. Mas como é possível colocar isso de fato em prática? Afinal, muitas vezes estamos falando de apenas um gestor que precisa acompanhar o trabalho de uma nume- rosa equipe, que pode inclusive estar distribuída em diferentes espaços. Divulgação 130 INFRA Outsourcing & Workplace

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