Page 51 - abril 2012

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INFRA
Facility
|
Property
vieram outros como: Caterpillar, John-
son & Johnson e assim por diante. É
importante enfatizar que eu e meu ir-
mão sempre trabalhamos em completa
sinergia, sem mencionar que essa área
traz grandes emoções (as boas e as não
tão boas também), e para isso é neces-
sário o apoio um do outro.
Como dividem a gestão da empresa?
Meu perfil foi sempre comercial e
desde o início trabalho nesta área com
minha equipe. Já meu irmão sempre
trabalhou na área operacional e em sua
equipe conta, há mais de 20 anos, com
o gerente operacional Ricardo Barana.
Tivemos um início muito difícil: as cri-
ses, os planos, inflação – que atualizava
os salários mas não os contratos (o que
não é muito diferente de hoje). Sempre
que preciso, podíamos contar com os
fornecedores (que sempre acreditaram
muito no nosso pai), pois eles financia-
vam os equipamentos para os novos
contratos. Um exemplo é a 3M, que
desenvolveu um sistema de limpeza que
não usava água, para uma demanda que
tínhamos em um cliente da época, a Te-
lesp. Só a 3M é nossa parceira há mais
de 37 anos.
O segmento de hospitais
é bastante forte, não?
Sim. Por exemplo, nosso primeiro
contrato permanece até hoje – há 43
anos. A área hospitalar requer cuidados
especiais, não só do ponto de vista es-
tético e funcional, mas principalmente
em higienização e desinfecção, sempre
atendendo às mais rígidas normas da
saúde, técnicas e certificações reque-
ridas pelo setor. Como cada segmento
tem a sua especificação e exigência (se-
jam em edifícios comerciais, indústrias
etc.), oferecemos um “cardápio” de
opções, das mais econômicas às mais
sofisticadas, sempre contemplando a
necessidade específica de cada cliente.
Imagino que a gestão da higienização
hospitalar demande muita técnica...
Sem dúvida, tem suas complexi-
dades. Mas a questão é outra. Hoje
alguns contratantes, principalmente o
setor público, compram aleatoriamente,
por leilão. Quase não existem mais pro-
postas técnicas, com especificidades e
necessidades equalizadas. É necessário
planejar o que e como será feito, qual
é a estratégia necessária, qual o melhor
maquinário, produtos, gestão das pesso-
as, ou seja, as contratações estão sen-
do feitas de forma inconsequente. Hoje
mesmo (18 de março) no jornal
O Esta-
do de S. Paulo
tem uma matéria sobre
um hospital ligado à Universidade Fe-
deral do Rio de Janeiro, que suspendeu
operações por dois dias na semana por
causa da paralisação de funcionários da
limpeza. E por que isso acontece? Cer-
tamente deve ser uma das contratações
por leilão. E isso é um erro. É uma dis-
criminação. Em serviços, quando você
tem uma base de custo de quase 70%
de mão de obra, não se pode contratar
por esse meio. Leilão é excelente para
comprar bens comparáveis, como auto-
móveis, máquinas e outros.
O lixo é um segmento importante?
Sim. E o setor de limpeza e con-
servação poderia atendê-lo, mas não o
faz por dois motivos. Primeiro porque o
nosso setor não tem lideranças. Segun-
do, porque as prefeituras não enxergam
que as boas empresas do setor pode-
riam fazer um bom trabalho, com cus-
tos mais competitivos. Eles preferem
terceirizar com as de engenharia, que
têm mais representatividade junto aos
órgãos estaduais e municipais.
Qual é a estratégia para
fidelizar os clientes?
Profissionalismo, Respeito e Credi-
bilidade. Este é o nosso norte. Temos a
filosofia de atender nosso cliente com a
melhor qualidade disponível no merca-
do, não pretendemos nos tornar a maior,
mas com certeza temos por obrigação
ser uma das melhores. Estar atualizado
com as melhores tecnologias, produtos
adequados e mão de obra capacita-
da para as operações é imprescindível
para se obter os resultados projetados.
Isto tem se mostrado ao longo dos anos
como uma receita de sucesso, pois te-
mos parcerias duradouras com nossos
clientes, com contratos que duram mais
de 40 anos. Tudo isso é uma resultante
não só da qualidade e preço justo, mas da
nossa proximidade com as necessidades
dos nossos clientes. Trabalhamos com
muita produtividade, qualidade e sempre
estamos em busca de inovações, jamais
nos acomodamos. Participamos anual-
mente de feiras nacionais e internacio-
nais (Higiexpo, ISSA e InterClean), na
busca constante de conhecimento.
Como se veem daqui 10 anos?
Estamos no momento de profissio-
nalização da empresa. Queremos uma
sucessão profissional para garantir a con-
tinuidade dos compromissos por nós as-
sumidos junto aos clientes que têm nos
acompanhado por todos esses anos, assim
também para com os novos, que virão.
Também estamos desenvolvendo outros
nichos de negócios, tais como: hospitais,
empresa de segurança patrimonial, negó-
cios agropecuários, dentre outros.