Page 31 - Revista Infra Novembro 2012

de um direito fundamental que é o res-
peito à dignidade humana. A utilização
plena dos edifícios pelas pessoas com
mobilidade reduzida, sejam os pacientes
e seus acompanhantes, sejam os pro-
fissionais de saúde, não deve ser vista
como algo especial, mas, sim, como um
direito universal”, afirma.
Por isso, é de extrema importância
pensar na identificação visual das facha-
das e das portas, nas calçadas adequa-
das e na entrada de cães guias de cegos.
Infelizmente, muitos profissionais da
saúde, gestores e projetistas não têm
clareza dos direitos, garantidos por lei,
das pessoas com mobilidade reduzida.
O conhecimento das normas técnicas e
da legislação é necessário tanto para os
arquitetos, quanto para todos envolvidos
na área. Na atualidade, percebemos que
os novos projetos vêm buscando atender
a esses aspectos que proporcionam con-
forto e segurança aos usuários”, finaliza.
E
XCELÊNCIA
Com a implantação dos conceitos
anteriores, chega a hora de pensar no
ambiente funcionando: de que forma se
atinge a excelência? É claro que bons
profissionais fazem a diferença, mas
questões simples, como a qualidade do
ar, infecções, precisam ser trabalhadas.
Para isso, adotar medidas-padrão
como o uso de máscaras específicas,
esterilizar corretamente os equipamen-
tos, higienização de mãos, identificar
pacientes com pulseiras e sinalizar as
medidas necessárias em cada quarto/
local (para informar os funcionários so-
bre alguma necessidade, como evitar
contatos e utilizar determinado tipo de
máscaras) são ações importantes.
Instalação de quartos vedados, troca
de ar e utilização de filtros HEPA (
High
Efficiency Particulate Air
)
são outras
medidas que mostram a preocupação
com itens de fundamental importância,
como o ar condicionado e com a quali-
dade interna do ar.
Para finalizar o assunto, Tatiana
Herreiras Puschiavo, enfermeira do
Controle de Infecção do Hospital Sí-
rio-Libanês, palestrante do
Seminário
Internacional de Qualidade do Ar In-
terior
,
realizado em setembro em São
Paulo, destaca também a necessidade
da higienização das mãos. Segundo ela,
estudos indicam que apenas com esta
prática feita por toda a equipe médica é
possível reduzir entre 60% e 80% o nú-
mero de infecções, levando-se em con-
ta que a infecção pode ser transmitida
de pessoa para pessoa ou através de
fatores externos, como equipamentos
infectados. Prestadores de serviços que
atuam no ambiente hospitalar também
devem ficar atentos.
Fábio Bitencourt, presidente da ABDEH
(
Associação Brasileira para o Desenvolvimento
do Edifício Hospitalar)