início. E, muitas vezes, alocam deter-
minado funcionário que tem perfil es-
pecífico para atuar naquela unidade.
A idade e o sexo também contam. Re-
manejar de um Estado para outro ou
trocar de função são outras saídas. Em
determinados clientes, após clara ne-
gociação com o contratante, o salário
pago para a limpeza chega a ser maior
que o oferecido pelo mercado.
Já para os níveis mais técnicos,
Maurício explica que o apego é menor
quanto aos salários. “Ele valoriza mais
os benefícios”. Por isso estão na lista:
assistência médica estendida aos fi-
lhos, programas de reciclagem, distri-
buição de material escolar e possibili-
dade de plano de carreira. Valorizar o
capital humano resulta em satisfação
para o colaborador, que no caso dos
hospitais, está na linha de frente do ne-
gócio. “Neste ambiente a limpeza, por
exemplo, não é bastidor. É parte inte-
grante do core business”.
LANÇANDO MÃO DOS RECURSOS
Dispor de um psicólogo organizacio-
nal é um bom artifício. Ele poderá aju-
dar a identificar o que é preciso mudar.
Em alguns casos, o fato de transferir o
trabalhador de função – auxiliando-o a
vislumbrar novos horizontes e possibi-
lidades de carreira – transforma total-
mente este quadro. E “ele volta a brilhar
na empresa”, conforme diz a especialis-
ta em gestão de pessoas.
Além disso, o fato de olhar com
maior acuidade para o colaborador e
oferecer ajuda geram autonomia e res-
ponsabilidade pelas próprias escolhas
que ele faz pela saúde e profissão. O
termo “Salutogênese” – conceito mais
atual que foca na saúde e não na pato-
logia – está crescendo nas empresas. E
pelo visto, vale a pena mesmo pensar
nisso. O ditado popular diz: “dinhei-
ro não traz felicidade”. Mas felicidade,
com certeza, traz dinheiro!
Dicas de leitura
1)
Assuma a direção de sua carreira
O capital espiritual da empresa
O espírito transformador, de Jair
Moggi & Daniel Burkhard
2)
Comunicação não-violenta, de
Marshall B. Rosenberg
3)
Equilíbrio e Resultado – Por que as
pessoas não fazem o que deveriam
fazer?, de Christian Barbosa
