Revista Infra janeiro 2014 - page 113

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INFRA
Outsourcing & Workplace
 [O retrofit] é
uma das principais
práticas aliadas da
sustentabilidade;
afinal, recupera
sem destruir 
avenidas, a região não oferece mais
terrenos disponíveis, e quem quiser
um imóvel precisará buscar um já
existente.
São 30 apartamentos de 49 m² a
116 m², dois elevadores, uma vaga
de garagem para cada unidade, e
seu público-alvo são solteiros, ca-
sais sem filhos, executivos expatria-
dos e estudantes. O valor do metro
quadrado será o mesmo da região,
em torno de R$ 15 mil; porém o ga-
nho acaba sendo na comodidade,
pois será o único que terá serviços
encontrados em hotéis, como con-
cierge, arrumação diária do apar-
tamento e manutenção básica das
unidades. Tudo sem custos adi-
cionais. Outros serviços, como car
sharing, bike sharing, courier, café e
lavanderia também estarão disponí-
veis e serão pagos conforme o uso.
Outra novidade bastante ex-
plorada é no conceito dos aparta-
mentos, já que são assinados pelo
arquiteto internacionalmente re-
nomado, Guilherme Torres. “Todos
os apartamentos serão entregues
decorados e mobiliados, de acordo
com o projeto apresentado para os
moradores”, conta Alexandre Lafer
Frankel, CEO da Vitacon. E, ao ad-
quirir o retrofit, o investidor poderá
acompanhar – em tempo real, por
meio de câmeras instaladas estrate-
gicamente – a evolução da obra. As
câmeras funcionarão 24 horas por
dia e sete dias por semana. Será o
primeiro “reality show” da constru-
ção civil neste tipo de empreendi-
mento.
Outra vantagem deste modelo é
o reaproveitamento dos materiais,
já que não há a necessidade de fazer
novas fundações e construções bási-
cas, e a tecnologia das novas insta-
lações elétricas e hidráulicas permi-
tirá a diminuição em cerca de 30%
do total gasto pelo condomínio. E,
claro, o gerenciamento de serviços
também será um ponto importante,
pois quando um prédio antigo ga-
nha um conceito de revitalização ex-
terna e interna, cabe o compromisso
de prezar pelo que foi oferecido: não
deixar que o que foi revitalizado aca-
be em pouco tempo.
“Trouxemos esta tendência para
áreas de luxo por acreditarmos na
economia e qualidade de vida do
morador. Morar em regiões nobres e
com fácil mobilidade está cada vez
mais difícil em São Paulo. Encontrar
uma área para construção de novos
prédios é um desafio ainda maior.
Os retrofits surgem como alterna-
tivas econômicas, seja em relação
à entrega do apartamento (12 a 18
meses após o lançamento) ou ao
consumo do edifício, já que ele terá
instalações hidráulicas e elétricas
novas – o que traz operação mais
eficiente”, conclui Frankel, conheci-
do do mercado por seu engajamen-
to nas causas sustentáveis.
O empresário não possui carro
e realiza quase todos os seus deslo-
camentos a pé. Foi ideia dele a or-
ganização do livro “Como viver em
São Paulo sem carro” com texto de
Leão Serva. A obra traz experiências
bacanas de paulistanos e de apai-
xonados que adotaram a cidade, a
exemplo do jornalista Gilberto Di-
menstein, da escritora Maria Ade-
laide Amaral e do americano natu-
ralizado brasileiro Matthew Shirts,
diretor da National Geographic Bra-
sil e colunista da Veja São Paulo.
“Com a utilização do retrofit, a
obra pode ser concluída com muito
mais agilidade. O ganho de tempo,
entre projeto e execução, chega
a um ano. Além disso, é uma das
principais práticas aliadas da sus-
tentabilidade; afinal, recupera sem
destruir”, finaliza.
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