Revista Infra janeiro 2014 - page 8

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Outsourcing & Workplace
dades, melhorando o conforto dos
usuários; utilizar vegetação nativa
da região é uma opção mais barata
que o uso de plantas exóticas e pro-
porciona economia de água para
irrigação, já que essas plantas estão
plenamente adaptadas ao clima e
regime pluviométrico do local.
Outro resultado obtido pela pes-
quisa indica que os compradores de
imóveis disseram estar dispostos
a pagar 10% (mediana) a mais por
imóveis sustentáveis em compara-
ção a imóveis convencionais, com
características semelhantes (locali-
zação, área privativa, itens de lazer,
número de vagas etc.).
De acordo com o relato dos ad-
ministradores de condomínios que
responderam ao questionário, os
edifícios sustentáveis podem eco-
nomizar cerca de 40% do consumo
usual de água e energia elétrica.
Essas economias são cerca de dez
vezes maiores do que os custos adi-
cionais incorridos na fase de cons-
trução, aliadas aos ganhos de produ-
tividade, melhoria da qualidade de
vida e saúde, que serão desfrutados
pelos usuários dos imóveis sustentá-
veis, trazidas a valor presente duran-
te os primeiros 20 anos de operação
dos edifícios.
Para Elizabeth Machen, repre-
sentante do
Institute of Real Estate
Management - IREM
, líder em gestão
imobiliária nos Estados Unidos, e
que esteve recentemente no Brasil,
prédios sustentáveis são mais bara-
tos a médio e longo prazo. “É mui-
to simples: quanto menos energia
usarmos, mais dinheiro economi-
zamos. Quanto menos água usar-
mos, mais dinheiro economizamos.
Quanto mais luz natural entrar no
prédio, menos lâmpadas queima-
das. É uma questão de perpetuação
dessa ideia que vai reduzir custos, o
que é fácil de observar agora, porém,
demanda um investimento inicial. O
que os administradores precisam fa-
zer é provar qual será o retorno dos
investimentos feitos por eles.”
LADO A LADO
Se ao construir prédios verdes é
possível economizar mais de 30%
em energia, por outro lado, a presen-
ça de umprofissional de facility pode
reduzir em até 20% o custo de ope-
ração das empresas, de acordo com
a Abrafac. Portanto, de nada adian-
taria toda tecnologia investida, se o
profissional de facility não souber
administrar tudo isso com precisão e
conhecimento.
“Isto é possível quando se com-
pila áreas até então espalhadas
dentro da empresa, principalmen-
te de RH, Operações e Finanças.
Isto propicia ao facility a aplicação
de todas as ferramentas de gestão,
atingindo, consequentemente, a
otimização dos processos, maximi-
zação dos recursos e elevação do
padrão da qualidade desses servi-
ços”, afirma Marcos Maran, Presi-
dente da entidade.
“Nós, da Abrafac, procuramos
alertar os profissionais de facility
para evitar ações de ‘greenwashing’,
ou seja, de adotar medidas do tipo
‘lavagem verde’ nos prédios e nas
empresas, sem implementar uma
cultura de sustentabilidade, semmu-
dar hábitos. Um exemplo bem sim-
ples é quando se implanta a coleta
Ao lado, Marcelo
Takaoka,
Presidente do
CBCS e Roberto
de Souza, Diretor
Presidente do CTE
Fotos Divulgação
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