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30 INFRA

Outsourcing & Workplace

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO

DA ÁREA DE SEGURANÇA PELO

PROFISSIONAL DE FACILITIES

SEGURANÇA | 

por Tácito Augusto Silva Leite*

O

mercado de segurança empre-

sarial no Brasil tem apresentado

grande evolução. Nas décadas de 1960

e 1970, a maioria dos profissionais de

segurança vinha das carreiras militares.

Alguns desses homens se destacaram

por conseguir adaptar seus conhe-

cimentos militares ao ambiente em-

presarial e à realidade dos negócios.

No começo dos anos 2000, surgiram

no Brasil os primeiros cursos univer-

sitários de segurança aprovados pelo

MEC, nos quais se aprendia além dos

conhecimentos específicos de seguran-

ça, conceitos fundamentais de gestão

e administração de empresas. Nesse

momento, muitos profissionais que já

tinham entre dez e vinte anos de carrei-

ra na área de segurança voltaram aos

bancos escolares buscando o profissio-

nalismo exigido pelo mercado.

Atualmente a segurança empresa-

rial ou corporativa pode ser entendida

como o conjunto de medidas, posturas,

ações que uma empresa adota visando

proteger pessoas, patrimônio, informa-

ção e imagem da organização. Dentro

deste vasto universo de proteção, a se-

gurança corporativa preocupa-se com

inúmeros riscos, desde o combate a in-

cêndio até a perda da confidencialida-

de de ativos intangíveis, por exemplo.

O termo “segurança”, pode ser en-

tendido como condição para “prevenir

perdas”. “Segurança” deriva do latim

securus, quer dizer, “livre do perigo” ou

“seguro”. Segundo o Instituto America-

no de Arquitetos (em inglês American

Institute of Architects – AIA apud MOREI-

RA, 2007: 44), “segurança é a proteção

dos bens contra os efeitos de ameaças e

perigos”. Sendo mais específico, enten-

demos que segurança empresarial visa

proteger ativos (patrimônio) materiais e

imateriais, isto é, bens, processos, pes-

soas, informações e imagem de deter-

minada empresa ou organização. Para

tanto, o diagnóstico de segurança é o

primeiro passo, e se dá a partir da análi-

se dos riscos envolvidos, vulnerabilida-

des, ameaças, impactos e probabilida-

des. Só então, pode-se desenvolver um

planejamento de segurança eficiente e

eficaz para proporcionar proteção.

O conceito de violência é um dos

mais difíceis de definir dentro das

Ciências Sociais, porém, entendemos

violência como expressão de força fí-

sica ou verbal contra si ou outro, ação

constrangedora contra a vontade do

outro, sob o risco deste ser ferido. O ris-

co está associado às vulnerabilidades,

ameaças e a eminência de um sinistro

– evento com consequências danosas

(a análise de impacto é um processo

que estima o potencial de perdas resul-

tantes dos efeitos de um sinistro). Com

relação ao conceito de ameaça, este

pode ser a percepção de insegurança,

o agente causador do dano (explícito

ou implícito) entre dois atores. Já no

conceito de “vulnerabilidade” pode-

mos entender como a suscetibilidade

a danos, ataques físicos ou emocionais.

O medo, por sua vez, está ligado à si-

tuação que leva o indivíduo ao estado

de alerta, temor, apreensão. Já a pro-

babilidade está relacionada às possibi-

lidades de realização de determinado

evento, pode ser subjetiva (qualitativa)

ou objetiva (quantitativa/matemática).

Finalmente, impacto é um conceito que

mede os efeitos negativos e/ou positi-

vos, de uma ação ou evento, normal-

mente podendo ser traduzido em valo-

res monetários.

A estrutura de segurança e proteção

tem que estar viva para acompanhar o

modus operandi dos criminosos, que

por sua vez, acompanham a evolução

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