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22 INFRA

Outsourcing & Workplace

AÇÕES ESTRATÉGICAS

EM MOMENTOS

DE CRISE

 Diante da atual crise

de água e energia, facilities

adotam projetos que visam

à economia de recursos

e reduzam o impacto na

infraestrutura das empresas

ÁGUA E ENERGIA | 

por Larissa Gregorutti

D

esde o início de 2014, o Brasil en-

frenta problemas por conta do risco

de escassez de água e o racionamento

de energia. A crise, todavia, não é novi-

dade e vem sendo alertada por especia-

listas desde 2001, quando por falta de

planejamento integrado e estratégico, o

País viveu o desabastecimento de água

e o apagão elétrico. “(...) o apagão levou

os brasileiros a economizarem energia e

a mudarem de comportamento. No en-

tanto, não houve a devida atenção para

a causa, que também fora uma grave

seca. Desde então, técnicos dos seto-

res de recursos hídricos, saneamento e

energia, organizações civis, instituições

públicas e privadas têm alertado os go-

vernantes e promovido fóruns nacionais

e internacionais sobre a escassez da

água”, afirmou Malu Ribeiro, Coordena-

dora da Rede das Águas da Fundação

SOS Mata Atlântica, em artigo publicado

com o título “Água: tragédia anunciada”,

onde destacou que o País, todavia, con-

tinua com índices altíssimos de consu-

mo e desperdício.

Agora, o Brasil enfrenta uma crise

ainda pior, atingindo três importantes

cidades para a economia e infraestrutu-

ra do País, que juntas reúnem um terço

do produto interno bruto e empregam

13 milhões de trabalhadores formais, se-

gundo dados da consultoria Urban Sys-

tems. São as cidades de São Paulo, com

11.895.893 habitantes; do Rio de Janei-

ro, com 6.453.682 habitantes; e de Belo

Horizonte, com 2.491.109 habitantes (se-

gundo estimativa do IBGE, em 2014).

Um levantamento feito no dia 22

de março – dia que se comemora o Dia

Mundial da Água -, demonstrou que o

principal reservatório que abastece São

Paulo, o Sistema Cantareira, atingiu

13,3% da sua capacidade total de água;

no Rio de Janeiro, a Represa de Paraibu-

na está com o volume de 46,46%; e em

Belo Horizonte, o Sistema Rio Manso al-

cançou 47,5%, valores que consideram

a reserva técnica de cada reservatório,

segundo dados divulgados pela Sabesp

(Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo), ANA (Agência Na-

cional de Águas) e a Copasa (Companhia

de Saneamento de Minas Gerais), res-

pectivamente.