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INFRA
Outsourcing & Workplace
• 46,2% dos ataques visando a informa-
ções sigilosas tiveram como alvo gran-
des empresas;
• 47,1% das empresas não monitoram
os e-mails dos seus colaboradores;
• 70,8% das empresas não utilizam
computação em nuvem.
No painel, os integrantes deixam
claro que a capacitação e a orienta-
ção das pessoas quanto ao tema são
de fundamental importância, pois os
ataques são maciços e sem preceden-
tes. Diariamente as pessoas recebem
e-mails maliciosos e fraudulentos que
objetivam danificar e capturar informa-
ções em seus diversos tipos de compu-
tadores e gadgets. Muitos não sabem
que um bilhão de dados pessoais fo-
ram roubados no mundo, sendo os de
propriedade intelectual, os mais im-
portantes deles. A maioria dos ataques
vem de diversas localidades do mun-
do. Hoje, consegue-se rastrear, mas
nem sempre, embora haja colaboração
e confiança entre alguns países. Nem
sempre é possível punir o criminoso,
pois às vezes ele é de um determinado
país, o roubo aconteceu em outra loca-
lidade e a legislação de cada unidade
geográfica tem suas regras.
Siboni alertou o fato de que todos
os dias há milhares de criminosos ten-
tando invadir e capturar a informação
e é preciso uma cooperação interna-
cional para desenvolver um trabalho
a fim de ajustar todo o conhecimento
sobre os crimes cibernéticos dos países
em conjunto. “A internet é o condutor e
as pessoas estão cometendo erros, não
de propósito, mas facilitam os acessos
para o crime com a abertura de e-mails
fraudulentos, por falta de informação
sobre estes ataques cibernéticos”, resu-
miu o palestrante de Israel.
Sales falou sobre a legislação que
trata o tema: “O castelo da seguran-
ça muitas vezes é tirado do castelo da
privacidade”, e essa é mais uma das
barreiras que os especialistas precisam
trabalhar de forma diferenciada.
Mandarino lembrou que no Brasil,
o Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965,
de 23 de abril de 2014) regula o uso da
internet no Brasil, por meio da previsão
de princípios, garantias, direitos e de-
veres para quem usa a rede, bem como
da determinação de diretrizes para a
atuação do Estado. Mas também pos-
sui suas vulnerabilidades e há casos
em que protege inclusive os hackers.
“É preciso criar medo na comunidade
criminal, entretanto falta uma visão e
ferramentas do Estado para tudo isso”,
reforça o Ex-diretor do DSIC.
É importante reforçar que a motiva-
ção para os ataques cibernéticos é o di-
nheiro, e se sua empresa e colaborado-
res queremse proteger, émelhor ficarem
atentos para não facilitar que informa-
ções privilegiadas fiquem à disposição
emnotebooks e gadgets itinerantes, que
ficamabertos em redes sociais de profis-
sionais que, muitas vezes, desconhecem
a malícia criminosa, entre tantos outros
cuidados. Capacitar e orientar são de-
veres de todos! A conclusão do painel
é de que essa ainda não é uma guerra
perdida entre “moços e
bandidos cibernéticos”,
mas é preciso pensar no
longo prazo, capacitan-
do, orientando e traba-
lhando em conjunto com
a comunidade mundial
para criar meios para con-
seguir uma comunicação
segura no presente e no
futuro para a internet.
CARTILHA DE ORIENTAÇÃO
CONTRA FRAUDES E
ATAQUES CIBERNÉTICOS
O Deseg da Fiesp lançou no dia do
congresso uma cartilha com orienta-
ções a empresas para evitar fraudes
e ataques cibernéticos. A cartilha
orienta sobre como proteger dados,
documentos e finanças manipuladas
virtualmente, incluindo a implanta-
ção de regulamento e termos de uso
dos sistemas, classificação e perfis
de usuários, utilização de e-mails
corporativos, uso de mídias sociais,
cuidados ao disponibilizar instru-
mentos eletrônicos – como notebook,
tablets e telefones – e uso da internet.
Citados no caderno, dados da Kasper-
sky Lab, empresa especializada em
produtos de proteção cibernética, in-
formamque no Brasil, durante a Copa
do Mundo e no segundo semestre de
2014, foram registradas 87,5 mil tenta-
tivas de infecção de vírus com objetivo
de fraude financeira e mais de 365
mil com foco em dispositivos móveis.
Segundo Vainzof, ameaças ciber-
néticas representam hoje um dos
maiores problemas enfrentados
por empresas que utilizam a in-
ternet para a comunicação com a
cadeia de interesses do negócio e
mantém expostas as informações.
“Além da rapidez do traba-
lho, é importante avaliar os
riscos, mudar os hábitos
na rede e investir em fer-
ramentas que garantam
mais proteção às informa-
ções”, explicou Vainzof.
Faça o download da
cartilha no site da Fiesp,
link:
http://bit.ly/1IQ0UnR