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78 INFRA

Outsourcing & Workplace

OPERAÇÕES EFICIENTES

 Com foco em sustentabilidade, edifícios em fase de

operação e uso buscam nas certificações ambientais

preservar o tempo de vida útil de suas infraestruturas

e o bem-estar do usuário final

CERTIFICAÇÃO PREDIAL | 

por Larissa Gregorutti

P

ensar no desenvolvimento das cida-

des de forma sustentável requer além

da adoção de políticas públicas, um

maior envolvimento do setor produtivo

compráticas em favor domeio ambiente.

No âmbito da construção civil, to-

davia, é preciso lembrar que o foco das

cidades não está apenas nos edifícios,

mas também na conexão entre pessoas.

Tendo isso em vista, gestores prediais

buscamna certificaçãode edifícios já exis-

tentes, atender aos critérios que visem ao

bem-estar do usuário final, considerados

comobenefícios sociais e alcançar benefí-

cios econômicos e ambientais, reduzindo

desta forma o consumo de recursos natu-

rais, e contribuindo para a manutenção

da infraestrutura do empreendimento

de modo sustentável. Pois conforme afir-

ma Wagner Oliveira, Gerente de Sistemas

Prediais e Uso de Operação Sustentável

do CTE (Centro de Tecnologia de Edifica-

ções): “Os processos de operação e ma-

nutenção sustentável precisam perdurar

durante toda a vida útil da edificação”.

Neste sentido, mais do que reque-

rer a certificação na fase de projeto e

construção, é preciso pensar na eta-

pa em que o edifício está pronto para

uso, momento que segundo o Profes-

sor Manuel Martins, Coordenador Exe-

cutivo da Certificação AQUA-HQE, da

Fundação Vanzolini, o gestor predial

verifica se os sistemas prediais garan-

tem o desempenho da operação.

Wagner Oliveira, Gerente de

Sistemas Prediais do CTE

Manuel Martins,

Coordenador AQUA-HQE

Willian Yossuke Konishi,

Coordenador da Inovatech

Assim sendo, é nesta fase que se so-

licita a certificação de Uso e Operação,

concedida pela Fundação Vanzolini

com a certificação AQUA-HQE, e o selo

LEED EB O&M (LEED Existing Buildings –

Operation and Maintance), pelo Green

Building Council Brasil.

Segundo Oliveira, “é necessário que

todos os processos descritos nos crité-

rios de certificação e os consumos de

água e energia e geração de resíduos

sejam mensurados, acompanhados e

documentados frequentemente, ga-

rantindo que a falta de manutenção

ou de procedimentos não comprometa

o resultado ambiental da edificação”.

Ou seja, é preciso manter o edifício e

seus sistemas sempre funcionando, de

modo a cumprir com as demandas que

serão reavaliadas nos prazos de vistoria

e recertificação.

PROGRAMAS E PRAZOS

Apesar das poucas diferenças, cada

processo de certificação possui suas

características. O AQUA, segundo o

Coordenador da Equipe Técnica de

Sustentabilidade da Inovatech Enge-

nharia Willian Yossuke Konishi, é dividi-

do em duas etapas:

• Programa da operação:

ocorre quan-

do se realiza o planejamento da ope-

ração sustentável, através de um

diagnóstico das instalações físicas do

empreendimento e dos procedimen-

tos adotados pela equipe de gestão.

“Após estas análises é verificado com

o cliente os possíveis pontos de melho-

rias, intervenções físicas ou alterações

na gestão, levando-se em consideração

os resultados obtidos na operação do

edifício. Posteriormente é definido um

perfil ambiental do empreendimento e

realizada a primeira etapa da auditoria.”

• Gestão da operação e uso:

etapa que

avalia se as premissas e metas defini-

das no programa da operação foram

executadas conforme planejado. “Ela

ocorre seis meses após o programa da

operação para os edifícios certificados

durante a obra e após um ano para

empreendimentos já existentes e não

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