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Outsourcing & Workplace
OPERAÇÕES EFICIENTES
Com foco em sustentabilidade, edifícios em fase de
operação e uso buscam nas certificações ambientais
preservar o tempo de vida útil de suas infraestruturas
e o bem-estar do usuário final
CERTIFICAÇÃO PREDIAL |
por Larissa Gregorutti
P
ensar no desenvolvimento das cida-
des de forma sustentável requer além
da adoção de políticas públicas, um
maior envolvimento do setor produtivo
compráticas em favor domeio ambiente.
No âmbito da construção civil, to-
davia, é preciso lembrar que o foco das
cidades não está apenas nos edifícios,
mas também na conexão entre pessoas.
Tendo isso em vista, gestores prediais
buscamna certificaçãode edifícios já exis-
tentes, atender aos critérios que visem ao
bem-estar do usuário final, considerados
comobenefícios sociais e alcançar benefí-
cios econômicos e ambientais, reduzindo
desta forma o consumo de recursos natu-
rais, e contribuindo para a manutenção
da infraestrutura do empreendimento
de modo sustentável. Pois conforme afir-
ma Wagner Oliveira, Gerente de Sistemas
Prediais e Uso de Operação Sustentável
do CTE (Centro de Tecnologia de Edifica-
ções): “Os processos de operação e ma-
nutenção sustentável precisam perdurar
durante toda a vida útil da edificação”.
Neste sentido, mais do que reque-
rer a certificação na fase de projeto e
construção, é preciso pensar na eta-
pa em que o edifício está pronto para
uso, momento que segundo o Profes-
sor Manuel Martins, Coordenador Exe-
cutivo da Certificação AQUA-HQE, da
Fundação Vanzolini, o gestor predial
verifica se os sistemas prediais garan-
tem o desempenho da operação.
Wagner Oliveira, Gerente de
Sistemas Prediais do CTE
Manuel Martins,
Coordenador AQUA-HQE
Willian Yossuke Konishi,
Coordenador da Inovatech
Assim sendo, é nesta fase que se so-
licita a certificação de Uso e Operação,
concedida pela Fundação Vanzolini
com a certificação AQUA-HQE, e o selo
LEED EB O&M (LEED Existing Buildings –
Operation and Maintance), pelo Green
Building Council Brasil.
Segundo Oliveira, “é necessário que
todos os processos descritos nos crité-
rios de certificação e os consumos de
água e energia e geração de resíduos
sejam mensurados, acompanhados e
documentados frequentemente, ga-
rantindo que a falta de manutenção
ou de procedimentos não comprometa
o resultado ambiental da edificação”.
Ou seja, é preciso manter o edifício e
seus sistemas sempre funcionando, de
modo a cumprir com as demandas que
serão reavaliadas nos prazos de vistoria
e recertificação.
PROGRAMAS E PRAZOS
Apesar das poucas diferenças, cada
processo de certificação possui suas
características. O AQUA, segundo o
Coordenador da Equipe Técnica de
Sustentabilidade da Inovatech Enge-
nharia Willian Yossuke Konishi, é dividi-
do em duas etapas:
• Programa da operação:
ocorre quan-
do se realiza o planejamento da ope-
ração sustentável, através de um
diagnóstico das instalações físicas do
empreendimento e dos procedimen-
tos adotados pela equipe de gestão.
“Após estas análises é verificado com
o cliente os possíveis pontos de melho-
rias, intervenções físicas ou alterações
na gestão, levando-se em consideração
os resultados obtidos na operação do
edifício. Posteriormente é definido um
perfil ambiental do empreendimento e
realizada a primeira etapa da auditoria.”
• Gestão da operação e uso:
etapa que
avalia se as premissas e metas defini-
das no programa da operação foram
executadas conforme planejado. “Ela
ocorre seis meses após o programa da
operação para os edifícios certificados
durante a obra e após um ano para
empreendimentos já existentes e não
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