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Outsourcing & Workplace
FACILITY MANAGEMENT, CENTRO DE
LUCRO E NÃO CENTRO DE CUSTO
GESTÃO DE SERVIÇOS |
por Lars Falbe-Hansen*
O
Brasil está em crise, não só eco-
nômica, mas também, moral, cau-
sada principalmente pela sensação de
impunidade. Isso aflorou a falta de dis-
ciplina que trazemos em nossa cultura
por séculos, remetendo-nos a sensação
de que podemos exigir nossos direitos
sem, contudo, preocuparmo-nos com
nossas obrigações.
A falta de disciplina se manifesta até
mesmonas escolas, onde por vezes vemos
as criançasdesafiandoosprofessores, con-
tando até coma conivência dos pais.
Como isso nos afeta na limpeza?
Sujando-se mais!
Se os usuários dos banheiros os su-
jam sem se preocuparem com o próxi-
mo que for usar, acarreta maior custo.
Poderíamos limpar as mesas com es-
panadores eletrostáticos não fossem
as “manchas de gordura” provocadas
pelo fato de se comer nas mesas de
trabalho. Isso acontece, apesar de ser
expressamente proibido em algumas
empresas. Mas quem obedece? A disci-
plina reduz custos.
Diante da crise econômica temos
que reduzir custos. Como se faz isso?
Sujando-se menos. Como? Disciplinan-
do os usuários. Se hoje os banheiros são
limpos a cada 60 minutos, reduzimos a
frequência da limpeza e conscientiza-
mos os usuários de que terão que se
disciplinar para que isso seja possível.
Quer reduzir o custo, é só sujarmenos.
Para que isso seja possível, é ne-
cessário que passemos a negociar e
contratar “frequências” nas compras e
não “número de pessoas”. E como ga-
rantir que as frequências contratadas
atingirão a qualidade almejada? O SLA
(Service Level Agreement) controla as
frequências e garante a execução e a
entrega dos serviços contratados, não
importando quantas pessoas foram
envolvidas. Assim, estaremos incenti-
vando o mercado a pensar em produti-
vidade, não em quantidade de pessoas.
Isso representa uma grande mudan-
ça cultural, tanto do usuário quanto do
comprador e do mercado fornecedor,
pois em razão da abundância de mão
de obra “barata” e de recursos naturais,
não aprendemos a economizar.
O QUE ESTAMOS PROPONDO?
Que o FM participe do processo, deta-
lhando numprojeto o que será negociado.
Para que o FM consiga ter eficiência
na sua gestão, ele precisa antes de tudo
fazer economia. Para isso, é necessário
que conheça suas reais necessidades: a
metragem da área a ser limpa; o tipo de
piso; as frequências de lavagem neces-
sárias para cada piso, etc. Para planejar
a compra e poder ter controle sobre a
entrega dos ambientes limpos.
Na limpeza, o importante é manter
controle sobre frequência e qualidade,
e não sobre a quantidade de pessoas
que executam os trabalhos, pois esse é
um problema do fornecedor.
Precisamos ser capazes de definir
a qualidade que necessitamos e, para
administrar, necessitamos quantificar
em números o que precisamos e que-
remos controlar. E isso, com certeza, é
possível!
Isso significa que o FM deve detalhar
o que deve ser contratado e o setor de
Compras se baseará no projeto para ne-
gociar a frequência, e não o número de
pessoas envolvidas.
Acreditamos ser possível ter ganho
de eficiência na limpeza, fazendo com
que os usuários sejam disciplinados e
os fornecedores se concentrem em exe-
cutar as frequências com o menor cus-
to possível, utilizando seu know-how,
que garantimos que existe.
Se os FM’s conseguirem transformar
a sua área de “centro de custos” hoje
para “centro de lucros”, eles conquis-
tarão mais autoridade junto as suas
empresas. Para isso, é primordial que
em seus demonstrativos eles comecem
a “quantificar” os resultados fiscais de
sua atuação, não dando relevância
apenas ao quanto gastam, mas princi-
palmente ao quanto conseguem redu-
zir em termos de custos, gerando lucro
para suas empresas.
*
Lars Falbe-Hansen
é CEO da
Vikings Sistemas de Limpeza.
Divulgação