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64 INFRA

Outsourcing & Workplace

Tecnologia

|

por Alexandre Chaves*

INTERNET DAS COISAS E SEGURANÇA

informações, uma vez capturadas por

biossensores, tornam-se matéria-pri-

ma para todo o ecossistema de saú-

de, permitindo que médicos, clínicas,

hospitais, farmácias e planos de saú-

de ofereçam serviços diferenciados e

novas formas de relacionamento com

seus clientes. Outro exemplo, como já

citado, são os automóveis cada vez

mais recheados de sensores, as mon-

tadoras podem medir o real desgaste

de peças e antecipar possíveis defei-

tos, acidentes ou recalls, globais ou

locais, interferindo na cadeia produ-

tiva e reduzindo impactos financeiros

ou de imagem da marca.

Esse novo segmento da economia

já cresce de maneira vertiginosa em

várias partes do mundo, conectando

dispositivos de diferentes tipos e ori-

gens na internet, criando assim, uma

expectativa de novas oportunidades

de negócios para diversos segmentos

de atividades aqui no Brasil. Segundo

um estudo da Gartner, em 2016 mais

de 6,4 bilhões de dispositivos estarão

conectados à internet, e em 2020 eles

serão mais de 20,8 bilhões!

No mercado de segurança eletrô-

nica também já se vislumbra a IoST,

uma “internet das coisas” especia-

lizada em dispositivos focados para

segurança e proteção (safety and se-

curity), comunicando para oferecer

funcionalidades aprimoradas e pode-

rosas, e informações úteis. Já existe,

por exemplo, uma fechadura inteli-

gente que transforma seu smartpho-

ne em uma chave para abrir a porta,

uma vez que se conecta ao dispositi-

vo por Wi-Fi e Bluetooth. Ela também

é capaz de trancar a porta automati-

camente, de mandar alertas a cada

vez que a porta é destrancada, foto

de quem está batendo na porta e criar

chaves específicas para pessoas que

precisam entrar na casa do usuário

em determinados dia e hora.

As empresas atuantes neste seg-

mento deverão identificar essas opor-

tunidades, e consequentemente evoluir

em suas qualificações e conhecimen-

tos, para se beneficiares dessa nova

onda tecnológica, apresentando suas

vantagens e se posicionando nos cen-

tros de comando e controle, agregando

novos dispositivos aos seus sistemas

habituais. As plataformas de seguran-

ça eletrônica oferecem uma excelente

base para a conexão e administração

dos dispositivos, que são semelhantes

aos utilizados na segurança física, como

câmeras, detectores, fechaduras etc.

As modernas plataformas de VMS

(Video Management Systems), de PSIM

(Physical Security Information Mana-

gement), de BMS (Building Manage-

ment System) dispõem de recursos

necessários para servir como base de

gestão nos complexos sistemas da IoT,

e para se integrar no contexto da nova

“Internet de Todas as Coisas” (em in-

glês, Internet of Everything – IoE).

*

Alexandre Chaves

é Fundador e Sócio da TP

Innovative Solutions e ocupa também a diretoria

na FIESP no Departamento de Segurança (Deseg)

Divulgação

H

á alguns anos, participei de um se-

minário onde o palestrante sepa-

rou a evolução humana em três partes.

Em sua visão, existiu a fase em que o

homem se comunicava com o homem,

depois a que o homem se comunicava

com a máquina (a exemplo dos smart-

phones que todos utilizam atualmente

sem piscar) e, por fim, a das máquinas

se comunicando entre si.

Ele estava certo, e esse momento

chegou com a chamada “internet das

coisas” (em inglês, Internet of Things

– IoT). Resumidamente, a “internet

das coisas” é um padrão de comuni-

cação e integração que permite que

qualquer dispositivo que possua rede

(Protocolo de Internet – IP), fixa ou

móvel, possa se comunicar entre si.

As aplicações são inúmeras e muitos

fabricantes estão nesse momento

preparando vários lançamentos. A

exemplo, a Microsoft que lançará sua

versão do Windows 10 com grandes

possibilidades de aplicações para IoT.

Usuários poderão programar “ações”

para ligar lâmpadas, ar condiciona-

dos ou, até mesmo, destravar a por-

ta de carros utilizando apenas seu

smartphone, TV ou qualquer equipa-

mento eletrônico com rede.

Já é possível sentir o efeito dessa

nova era, seja por carros mais conec-

tados, sensores residenciais que tor-

nam nossas vidas mais práticas ou

dispositivos vestíveis (wearables), que

monitoram sua saúde para proporcio-

nar bem-estar. Tome por exemplo um

ser humano, que carrega consigo uma

grande quantidade de dados sobre o

comportamento do seu corpo. Essas