Revista Infra Janeiro/Fevereiro 2018

52 INFRA Outsourcing & Workplace INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL | por Rodrigo Strey* INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: DO CONCEITO AO DEEP LEARNING da AI no Brasil é Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook. Ele gerou um algoritmo, o Elo Rating System que cria um ranking de jogadores de xadrez. Dessa forma, a rede social pôde vincular usuários criando um ranking de ações, que, por sua vez, influenciou inicialmen- te na inteligência da rede social e impac- tou em como nos comunicamos hoje. Esse conceito está cada vez mais acessível e, com a diminuição do custo computacional, várias empresas podem se beneficiar com a melhoria de seus processos, ampliando suas logísticas e gerando diferencial competitivo. Atualmente, há um grande esforço de tecnologias de nuvem, como Micro- soft Azure, Google e AWS, para oferecer soluções em AI. Dentre elas, destacam- -se as de aprofundamento de aprendi- zado, robótica, assistentes pessoais di- gitais, processos de fila, processamento de línguas e capacidade de aprendizado por sensores, ou seja, a Internet das Coisas (Internet of Things – IOT). Com a capacidade de reconheci- mento de imagens e vídeos, podemos usar mais recursos de umdispositivo do usuário e de como ele navega pelo site captando os sentimentos, os comportamentos e a forma de comunicação. Isso permite que possam ser criadas realidades de aprendizado e de com- portamento de navega- ção que se adaptam às necessidades. Esses algo- ritmos podem ser adicio- nados à lógica de sites e usados como ferramentas de mudança em layouts. Mesmo com o avanço da AI, os seres humanos são indispensáveis. A inte- ligência é artificial, portanto deve ser estudada para ser assertiva. Quando bem composta resulta em inovação e maior absorção pelos usuários. Mas cui- dado, leva tempo e especialização para compor uma inteligência eficiente. Não é “automágico”! Fazê-lo pensar custa, por isso, é importante alinhar sempre ao retorno do investimento da necessi- dade, pois as máquinas podem evoluir além da necessidade. O mundo está se adaptando. Várias regras e estruturas de controle estão sen- do estabelecidos para que não haja caos na sociedade. Como estamos emum flu- xo crescente de produção e de maximi- zação de resultados, a eficácia se tornou ponto chave para que não entremos em um colapso mundial de logística. Dessa forma, alguns empregos se- rão melhorados e talvez extintos, mas outros surgirão, pois precisamos de controle e teremos de nos adaptar. As- sim, podemos dizer que será breve a mudança, prova disso é que a tecnolo- gia estava sempre vinculada a grandes cidades. Hoje, esse limite está rompido e cada vez mais todas as formas de tra- balho terão uma evolução, do campo ao consumidor. * Rodrigo Strey é Diretor de Serviços da AMcom, empresa especializada em serviços personalizados de tecnologia e que atua como consultoria, fábrica de projetos e de software, sustentação e alocação. N a década de 1990, a Inteligência Artificial (Artificial Intelligence – AI) era considerada ficção científica e indicava que robôs seriam inteligentes e capazes de interagir com humanos. Hoje, com a informação cada vez mais acessível, entendemos que se trata de uma série de mecanismos e sistemas que podem ser integrados a diversas realidades e negócios. A utilização de Inteligência Artificial começou em 1957 com os desenvolve- dores AllenNewell e Herbert Simon e sua tentativa de programar o comportamen- to humano para resolver problemas uni- versais (General Problem Solver – GPS). Em maio de 2017, foi anunciada a criação da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (Abria), que tem como objetivo mapear iniciativas brasi- leiras no setor de Inteligência Artificial, incluindo a formação de mão de obra especializada e os esforços entre as empresas nacionais. Esse movimento reflete que, atualmente, a AI está impac- tando diretamente a economia. Coma evolução da tecnologia e prin- cipalmente pela acessibilidade de todos os dispositivos que estamos expostos, os produtos, os valores, as mensagens e a quantida- dedepessoas interagindo criaram uma quantidade enorme de informações que se distancia muito da capacidade de absorção humana. Um dos grandes res- ponsáveis pela evolução Divulgação

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