Revista Infra Novembro/Dezembro 2018

94 INFRA Outsourcing & Workplace COMPRAS CORPORATIVAS Evento debateu sobre a necessidade de uma transformação do modelo tradicional de compras para um modelo digital e, ainda, uma mudança de mindset de suas lideranças COMPRAS | por Léa Lobo O World Trade Center (WTC) São Paulo Business Club realizou em novem- bro oWTC Fórumde Compras, que trouxe a pauta de como as novas tecnologias estão mudando o mundo dos negócios e os seus impactos nas áreas de com- pras. Dessa área se espera que atuem de forma estratégica e agreguem ainda mais rentabilidade aos negócios. O en- contro contou coma presença de Claudia Bottozzo, Head Corporate Purchase da Voith; Philippe Enaud, CEO da Vivante; e Eduardo Felippe A. Prado, Gestor de IT Purchase, da Volkswagen. Bottozzo reforça que umdos desafios da área é o posicionamento que é preciso para gerenciar um processo de compras, pois, às vezes, as solicitações de aquisi- ções são atendidas como se “compras” fosse apenas suporte para a compra. Às vezes, são envolvidos no processo e em outros momentos são influenciadores da compra. “Para atender às demandas que nos são solicitadas é preciso entender em que momento o pedido de determinada compra nos chega e comque tempo pre- cisamos entregá-lo. Um pedido em cima da hora pode aumentar o custo de uma aquisição, por isso, a importância do pla- nejamento, para que se compre beme que a área de compras seja reconhecida como estratégica, e que traga, além de econo- mias, valor para a companhia”, resume. Umas das metas da executiva é reduzir o número de fornecedores e automatizar ainda mais o processo de compras. Prado observa que as tecnologias estão mudando o conceito de negócios e, consequentemente, a forma de como as empresas fazem suas compras. Dessa forma, a transformação digital impõe uma mudança organizacional planejada e estratégica, alavancada em tecnologia e suportada por uma cultura de inovação. “Hoje estamos reorganizando a área, pas- sando domodelo tradicional de compras para o modelo digital. No modelo anti- go, por exemplo, comprava-se ‘o que se pede’; já no digital, compra-se ‘o que se precisa’, sempre observando a percep- ção de ‘dor do cliente’, paga-se apenas se gostar da solução final e se ela trazer valor agregado ao negócio. Reforça ainda que a transformação digital na área de suprimentos leva para modelos de con- tratação inovadores, seja com parcerias globais, contratos de longo prazo com empresas de inovação sugeridas (rate cards), parcerias com hubs de desenvol- vimento de startups, e outros. Já do lado de quem fornece servi- ços, tivemos a palestra de Enaud, que lembrou que a crise e o contexto global desde 2014, trouxeram uma pressão so- bre custos, sobre preço, sobre margens e que todas as empresas passaram por esse processo e tiveram de se reinven- tar, tiveram de fazer mais com menos, mais commenos gente, mais commenos qualificação, mais com salários menores e, ao fim da conta, aumentando o risco, porque quando você leva a máquina a esse limite, pode-se estar perto de uma quebra e vir a ocasionar danos colaterais significativos. Divulgação Claudia Bottozzo, Head Corporate Purchase da Voith

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