Revista Infra Março/Abril 2019

13 INFRA Outsourcing & Workplace dades, sociedade civil etc., paramelhorar a qualidade de vida na região. É uma oportunidade enorme, a área de segu- rança, por exemplo, que em vez ter uma empresa de segurança no hotel, outra no shopping, outra na torre de escritórios, temos uma central, que se conecta como CENU. Isso possibilitamanter uma central de segurança única, no nosso prédio, com menos custos e com uma qualida- de de segurança infinitamente melhor, porque consideramos tudo como uma coisa só. – Conheça mais do Conexão Berrini emhttp://conexaoberrini.com.br/. Nesses dois anos, o complexo também sofreu com a economia do País? Quem diz que não sofreu, não existe. Gil- berto e eu temos aqui um controle que é o seguinte: o que aconteceu nos últimos dois anos não foi culpa do governo, foi culpa nossa, da nossa ineficiência. Isso porque, quando a economia cai, alguém continua ganhando, então como uma organização fica sofrendo assim? Incom- petência nossa. Então, aproveitamos a oportunidade que foi deixada, tem espa- ço vazio para captar um inquilino mais interessante. Nós não estamos sentindo que, de fato, a economia retomou muito mais interesse em locações seja no D&D, na torre de escritórios e em eventos. A atitude das pessoas é outra hoje em dia, não tenho dúvida. E o sentimento que fica é: como é que a gente aproveita esse otimismo? Como realizar a oportu- nidade de trazer mais retorno para os nossos investimentos? O Gilberto, por exemplo, embora controlador, sempre pensa como podemos beneficiar o pro- prietário e como tratar com respeito o parceiro minoritário. É essa relação que mantemos os nossos parceiros. Há uma pressão por redução dos custos? Em três meses vamos ter um Grupo de Trabalho dos inquilinos da torre, umGru- po de Trabalho dos lojistas para discu- tir condomínio, com as contas abertas: quais serviços que eles querem ter, o que eles não querem, vamos reunir isso em conjunto. Isso porque há uma pressão de todo mundo para reduzir custo. E so- zinhos não somos tão eficazes quanto todos juntos. O condomínio não é lucro para nós, é um custo que temos de baixar para fazer o complexo mais atraente. Por isso, esse diálogo precisa ser aberto... E a relação com os funcionários? Tem espalhado na parte interna do con- domínio um texto que eu assino, em que digo que gostaria que todo funcionário pense como um todo, e que na pressão, tome uma decisão pensando no todo. Se for pressionado por um cliente, decida. Se errar, errou, depois a gente discute. E tem algumas coisas que todo dia eu gosto de áudio livro, eu corro, caminho, sou umpouco disléxico então tento nutrir aminhamente comáudio livro, e um livro que nós já estamos na segunda rodada, que é discutido todomês umcapitulo com os funcionários nos seus vários departa- mentos, é um livro rede Ritz Carlton, que é sensacional, e tem lá, logo no primeiro capítulo diz assim “escutando emumcor- redor de um Ritz Carlton”. “A resposta é SIM”, “qual eramesmo a sua pergunta?”... E os clientes: “Damas e cavalheiros, servindo damas e cavalheiros”, já dizia Carlton... Você respeita e coloca na mesma altura o hoteleiro. Sensacional. É uma quebra de paradigma total, porque nós “o cliente é rei”, não, o cliente é rei e você tem que participar com ele da mesma forma e do mesmo nível, mas isso não impede de dar a prioridade aos seus clientes de gerir o seu espaço. Um exemplo: ontem mesmo estava negociando com um lo- jista, e disse: “Você me dá a proposta que achar justa. Eu te conheço há quase 20 anos, já está aceita”. Tenho certeza que a proposta que ele me deu não es- tava errada, quando fui comparar, era melhor que a minha média. Porque é isso. Tem que ser “ganha-ganha”: tenho certeza que se amanhã eu começar a ter um problema esse lojista vai dizer: “Olha, tenho um contrato assinado, mas vamos fazer algum acordo” e eu vou ter de dar sobrevida a ele. A sobrevida dele é a minha sobrevida, não preciso ficar com a loja vazia por aqui. É muito bom ouvir sua energia ao falar, você é uma holding de si mesmo, não? Pode falar com o Gilberto e você vai ver mais ainda, sinceramente, ele tem vinte anos amais do que eu, mas émuitomais entusiasmado. Isso é gostar do que se faz, é trabalhar com pessoas que você gosta e ver o potencial. Deve ser muito chato você trabalhar em uma empresa onde nada pode e que tudo é difícil. Aqui no meu cartão de visitas diz “everything is possible”, então tudo é possível. Venha com alguma maluquice, vamos escutar, vamos ver como é que a gente vai transfor- mar essamaluquice. E este equipamento me dá essa possibilidade, talvez já tenha isso em rede, mas a direção do empreen- dimento, os investidores têmacalentado nessa possibilidade e o Gilberto sem dú- vidas é uma pessoa dessas. Eu brinco que eu não trabalho, eu me divirto!

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