Revista Infra Março/Abril 2019

75 INFRA Outsourcing & Workplace HIGIENE | por Maurício Almendro* COMO O SERVIÇO DE HIGIENE PODE CONTRIBUIR PARA A GESTÃO DA HOTELARIA HOSPITALAR? dos pacientes internados, além de ser responsável por mais de cem mil mor- tes no Brasil todos os anos. Portanto, é primordial que os quartos tenham uma higienização adequada e sem risco de proliferar qualquer vírus ou bactéria. No conceito mais amplo de gestão hospitalar, tornar as tarefas de higieni- zação feitas combase emprocessos pré- -definidos e validados, é umdos pontos de maior importância, embora envolva muitas variáveis e umcontrole complexo. Parte deste processo envolve a limpeza terminal, que acontece logo após a saída do paciente e compreende a limpeza de superfícies verticais e horizontais coma total desinfecção do mobiliário. E nem sempre foi assim, por muitos anos, os hospitais não se importavam com o fluxo de entrada e saída dos pa- cientes, não havia controle na organiza- ção desses quartos. Não havia uma pro- gramação para os médicos darem alta para o paciente, não avisavama equipe de enfermagem, ou ainda, o paciente permanecia dentro do quarto mesmo coma alta assinada pelomédico, os de- partamentos não se falavam, gerando gastos desnecessários para os hospitais. De uns anos para cá, os hospitais começarama repensar esses fluxos, ade- quando os processos. Como desafio, é preciso sincronizar a infraestrutura e o corpo clínico, envolvendo áreas como enfermagem, manutenção, higieniza- ção, rouparia, nutrição, gerando umcus- tomenor emaior produtividade. Para se ter ideia, umhospital comesse processo alinhado chega a ter um grau de 80% de acerto, economizando em enxoval, refeição semnecessidade, alémda libe- ração do leito entre outros benefícios. Além disso, quando busco mais eficiência no gerenciamento de leitos, elimino desperdícios que encarecemmi- nha operação, proporciona uma maior qualidade assistencial e aumenta a sa- tisfação dos pacientes e familiares. Mas, só é possível chegar nesse resultado uma vez que foi realizado omapeamento do fluxo do paciente, desde omomento da entrada, até a sua alta. É preciso investir emnovas tecnologias e alinhar todo esse processo, o resultado é só uma conse- quência, vale a pena! Maurício Almendro é Diretor da Divisão de Saúde do grupo Verzani & Sandrini. Divulgação Otimizar o tempo médio de perma- nência do paciente nos hospitais, essa é uma das vertentes cruciais para se alcançar uma boa gestão hospitalar. A redução da estadia desnecessária aumenta consequentemente o giro de leitos, a capacidade de internações e realização de cirurgias. Esse é um dos temas importantes e discutidos den- tro dos hospitais atualmente. Quanto mais esse fluxo estiver alinhado com a chegada do paciente, melhor será a otimização dos custos envolvidos e a satisfação do cliente. Umquarto parado significa perda de receita. E, então, você pode perguntar de que maneira a equipe de higiene tem parte na responsabilidade sobre esse fluxo? Tem e muito. Uma limpeza termi- nal bem realizada, de forma eficiente e rápida, permite maior rotatividade dos quartos, diminuindo as filas de espera dos pacientes, para os mais diversos procedimentos médicos. Do que adianta os quartos esta- rem vazios se não estiverem limpos? De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções hospitalares atingem cerca de 14% … tornar as tarefas de higienização feitas com base em processos pré-definidos e validados, é um dos pontos de maior importância, embora envolva muitas variáveis e um controle complexo

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