Revista Infra agosto 2013 - page 6

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INFRA
Outsourcing & Workplace
Pensando com Léa Lobo
Manifestar os
desperdícios e riscos
A
s manifestações pelas quais nosso país passou
nos últimos dias, além de uma mistura de alegria
e medo, traz principalmente um sopro de esperança
para o Brasil no longo prazo. No curto prazo, pode-
mos sentir certa instabilidade e futuro incerto da eco-
nomia e da política. Verificamos queda de consumo,
depredação de propriedades, investidores assusta-
dos, alguns vândalos e outros oportunistas. Vimos
também desperdícios e riscos por todos os lados.
Mas minha pergunta é: como está o desperdício
em nossas empresas, quais riscos estamos correndo?
Pois, se nos manifestamos por um país melhor, po-
deríamos aproveitar esta onda e fazer uma manifes-
tação por menor desperdício de bens materiais e do
conhecimento disponível e, ao mesmo tempo, pon-
tuarmos os riscos desconhecidos.
Na minha opinião, apesar das empresas sofrerem
e pagarem um alto preço pelo conhecimento que não
foi adquirido, por falta de investimento em educação,
temos que nos desenvolver com o que temos, usando
a criatividade e pontuando, inclusive, comportamen-
tos éticos, conversando em duas línguas: a do portei-
ro até a do presidente.
Outro dia li um pensamento de Albert Einstein que
dizia assim: “Não se pode resolver os problemas com o
mesmo tipo de pensamento usado quando o criamos”,
uma vez que soluções antigas nem sempre funcionam
para o novo dia a dia da competitividade empresarial.
Por tudo isso, fiquei pensando de que forma po-
deríamos manifestar os desperdícios e os riscos que
insistem em nos acompanhar. Talvez, respondendo a
perguntas como:
Temos manifestações de ruas, e não conseguimos
acessar” a empresa. O que fazer?
Sou um dos condôminos corporativos de um pré-
dio comercial. Como estou lidando com o vanda-
lismo? Quem paga a conta?
Se sua área de FM parar, em que afeta a empresa?
Pode impactar diretamente nos resultados do
negócio?
O trabalhador de ontem tinha um martelo nas
mãos, enquanto o de hoje tem um tablet. O que
isso nos diz?
Como atender as necessidades de trabalhadores
de diferentes gerações/idades? Isso impacta nos
layouts/ambiente de trabalho?
Como realmente as tecnologias e as redes sociais
afetarão o futuro dos negócios?
Nossos colaboradores “intelectuais” ainda estão
trabalhando em mesas individuais, colaborativas
ou não têm mais mesas?
Algumas respostas podem ou não manifestar os
riscos e os desperdícios a que nossas empresas estão
expostas, mas uma coisa é certa: todos estamos num
momento profissional instável e emocionalmente
confuso, o que dá margem a muita reflexão sobre
quais caminhos – tradicionais e digitais – as empre-
sas e profissionais estão trilhando.
Léa Lobo | Diretora de Redação | lealobo@talen.com.br
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