Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  20 / 88 Next Page
Basic version Information
Show Menu
Previous Page 20 / 88 Next Page
Page Background

20 INFRA

Outsourcing & Workplace

VALOR DE SOBRA, RECOGNIÇÃO DE MENOS

 “Preste serviços onde

a sua empresa possa

ser remunerada pelo

reconhecimento da

especialização ofertada e

valor agregado ao negócio

Café com o Mercado | 

por Léa Lobo

C

om o objetivo de direcionar seu

conteúdo editorial para 2015, a IN-

FRA iniciou em outubro um ciclo de en-

contros com players do setor. A publi-

cação reuniu em São Paulo, em um café

da manhã, cinco executivos para tratar

do tema da contratação de serviços

em facilities. Participaram: Altair Luiz

Beling, Presidente da Mark Building;

Christian Mina, Diretor de Facilities Ma-

nagement da Cushman & Wakefield;

Elena Gonzalez, Diretora de Property

Management da Hines do Brasil; Fábio

Martins, Diretor de Gerenciamento de

Propriedades da Jones Lang LaSalle; e

Philippe Enaud, CEO da Vivante.

O primeiro tema abordado foi “ins-

tabilidade”, uma vez que as empresas

têm chamado fornecedores para rever

contratos. Um bom exemplo é o setor

automobilístico, que implantou o la-

yoff: redução temporária dos horários

ou mesmo a suspensão dos contratos

de trabalho por motivos advindos do

cenário incerto atual. E nesta onda,

todos os fornecedores que fazem par-

te desta mesma indústria também são

convidados a renegociar. Afinal, se a

produção de carros cai, o suporte em

 Acho que ainda existe

uma deficiência de conceito

do que é de fato uma

especialização do que é

Facility Management  

Elena Gonzalez,

Diretora de Property

Management da Hines do Brasil

infraestrutura e serviços das instalações

é puxado para seguir no mesmo ritmo.

CEOda Vivante, Enaud confirmou essa

tendência ao mencionar que os clientes

têm solicitado mudanças nas regras con-

tratuais. Segundo ele, é preciso se ade-

quar para atender à demanda, fazendo

muito menos do que foi acordado inicial-

mente. O executivo aponta também que

estamos num cenário que convive com

outra realidade: a das grandes corpora-

ções que buscam precificar processos

gigantescos de facilities, com o objetivo

de homogeneizar seus fornecedores. Para

ele, a estratégia é boa, mas poderia ser

melhor se as companhias dessem mais

voz aos especialistas (no caso, o mercado

fornecedor de serviços em FM). “Nosso

papel como parceiro é pontuar as melho-

rias possíveis para a instalação no que se

refere à facilities; o cliente só tende a ga-

nhar com uma gestão mais competitiva.

Uma coisa é gerenciar uma fábrica e seus

demais sites, outra é dispor de fornecedo-

res para edificações distintas, quando se-

gregadas. A falta de entendimento dessa

disparidade é apenas um dos equívocos

que encontramos no mercado”.

Gonzalez, da Hines do Brasil, ressalta

que tem sido constante a pressão dos

clientes em achatar as negociações, o

que reflete não só no desempenho da

própria equipe como também no negó-

cio da prestadora de serviços. Há uma

confusão de conceitos sobre o que é um

serviço especializado em facility e o que

são serviços especializados em limpeza

ou manutenção, por exemplo. “O maior

insumo das gerenciadoras de FMé amão

de obra qualificada, que inclui salários e

benefícios compatíveis. Somente com

esse aporte ela será capaz de prestar um

serviço que agregue valor ao negócio do

cliente”, enfatiza. “Escolher entre um es-

pecialista em finanças e um analista, ou

ainda, entre um engenheiro e um téc-

nico, é trabalhar com salários, conheci-

mentos e performance distintos”.

Para o Diretor de Gerenciamento

de Propriedades da JLL, Fábio Martins,

esse upgrade também passa pelo acul-

turamento do cliente, pois cada agente

tem sua expertise. Em outras palavras:

“O mercado comete um grande erro

quando contrata empresas especializa-