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INFRA
Outsourcing & Workplace
TECNOLOGIAS PARA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO
Tecnologia |
por Larissa Gregorutti
E
m sua 4ª edição, a Autodesk Univer-
sity Brasil 2014 aconteceu no dia 8
de outubro em São Paulo apresentando
uma gama de soluções tecnológicas que
modificam a interação do usuário com o
serviço, possibilitando que pessoas pos-
sam transformar projetos em realidade.
Segundo Marcelo Landi, Presidente
da Autodesk Brasil, o que mudou no mer-
cado de arquitetura e construção é que o
BIM (Building Information Model) conti-
nua alavancando e é possível ver cada vez
mais empresas utilizando esta tecnologia.
Porém ressalta, “o BIM não é um produto
de prateleira, e sim uma metodologia”.
No setor privado é possível consta-
tar que o uso desta tecnologia é cada
vez maior, de modo que 24% das em-
presas de construção no Brasil já utili-
zam o BIM e a perspectiva é que até o
final de 2015, 73% das empresas este-
jam trabalhando com esta ferramenta.
Landi conta que o próprio exército
brasileiro vem criando um portal gover-
namental com melhores práticas sobre
como adotar o BIM em suas obras. O
que ele acredita que ser o primeiro pas-
so para que o BIM seja uma tecnologia
mandatória no País para os próximos
anos. “A gente ganha obras mais rápidas,
uma melhoria na qualidade das obras
e uma previsibilidade muito maior de
quanto vai custar. Vai ser uma ferramen-
ta que vai ajudar no desenvolvimento
econômico no Brasil”, completa.
Para Amar Hanspal, Vice-presidente
Sênior da Autodesk, vivemos hoje qua-
se no meio da terceira geração da com-
putação, tendo em vista que o BIM só é
Amar Hanspal (Vice-presidente Sênior da Autodesk), Luiz Augusto Lervolino
(Diretoria de Engenharia e Sistemas de Gestão da Camargo Corrêa
Desenvolvimento Imobiliário) e Marcelo Landi (Presidente da Autodesk Brasil).
possível por causa do poder de proces-
samento das CPUs, e isso representa
muito bem a evolução da tecnologia.
No caso da construção, os edifícios
hoje são inteligentes, pois reconhecem
o usuário através do celular e acendem
a luz quando ele chega ao ambiente.
Antes se ouvia falar em impressão
3D, mas agora já existe aquela em 4D. No
caso dos edifícios, Hanspal conta que
está sendo desenvolvido um concreto
que se “autocura”, ou seja, se tiver uma
rachadura ele se recompõe sozinho.
Para ilustrar sobre o uso de tecno-
logias na construção, Luiz Augusto Ler-
volino, Engenheiro Civil que responde
pela Diretoria de Engenharia e Sistemas
de Gestão da Camargo Corrêa Desen-
volvimento Imobiliário – CCDI, conta
sobre o desafio do grupo em mudar o
modelo de gestão usando a tecnolo-
gia BIM como o ponto de partida para
todo o processo que a empresa realiza
em um projeto. Segundo ele “se a gente
tem uma ferramenta que tem todas as
informações de um prédio, é preciso fa-
zer o bom uso dela”.
De forma simplificada, ele conta que
é utilizado um extrator de informações
que transforma o modelo BIM em uma
lista de milhares de atividades necessá-
rias, todas quantificadas, prontas para
serem processadas e acompanhadas
no campo.
Essa lista de serviços é passada para
o setor de operação, orçamento, pla-
nejamento, contas, ação de acompa-
nhamento dos serviços internos, feita a
compilação de resultados da empresa e
o retorno do planejamento dos projetos.
Finalmente, o ponto mais importan-
te, foi fazer com que esse conjunto gran-
de e complexo de informações chegas-
se para o profissional que está na linha
de frente, executando os serviços, po-
dendo levar o projeto de baixo do bra-
ço. O projeto foi então desenvolvido em
um tablet que suporta todo o tipo de
documento, em que o profissional con-
segue verificar na lista de tarefas tudo o
que tem de ser feito, tudo o que já foi
feito e inserir em um registro de texto e
imagem detalhes de como o serviço foi
realizado, entre outras funções.
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