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60 INFRA

Outsourcing & Workplace

SERTÃO VERDE

 Certificação auxilia distribuidora de energia instalada na Paraíba a

enfrentar o baixo índice pluviométrico e a escassez de recursos

O

projeto para construir

as instalações do Nú-

cleo Regional Oeste da Ener-

gisa Paraíba, na cidade de

Patos, tinha entre as premis-

sas a redução no consumo

de água e o uso racional. O

motivo eram as característi-

cas do sertão paraibano: alta

temperatura, baixo índice

pluviométrico, escassez de

recursos e distância de gran-

des centros urbanos.

Para enfrentar tais difi-

culdades, o corpo técnico da

Energisa, empresa especia-

lizada em distribuição, gera-

ção e comercialização para o

mercado de energia elétrica,

promoveu a disseminação

dos conceitos de sustenta-

bilidade a fornecedores, à

equipe que atuou nos proje-

tos e na obra, e também aos

operários, através de treina-

mentos direcionados.

“A maior dificuldade, sem

dúvida, foi a inovação do tema

‘sustentabilidade’ para a nos-

sa região, principalmente em

se tratandode um local onde a

preservação do meio ambien-

te ainda não é bemdifundida”,

afirma José Aurélio Ribeiro da

Costa, Assessor de Obras Civis

e Apoio da Energisa.

José Aurélio Ribeiro

da Costa

é Assessor de

Obras Civis e Apoio, e

trabalha na Energisa

há 28 anos na área de

projetos e construções

de edificações. Formado

em engenharia civil pelo

Centro de Tecnologia da

Universidade Federal da

Paraíba, possui MBA em

Gestão Empresarial pela

FGV e especialização

em eficiência energética

de Edificações pela

Universidade Federal de

Santa Catarina. Gerencia

três empresas terceirizadas

contínuas e dez eventuais

O esforço em respeitar

as normas estipuladas pela

certificação na elaboração,

construção e manutenção do

empreendimento conseguiu

mudar a compreensãoda loca-

lidadeemrelaçãoapráticas so-

ciais, econômicas e ambientais

corretas. Para obter o LLEED

NC Silver, “tivemos que enfren-

tar a mudança de costumes e

aperfeiçoar o entendimento de

todos os envolvidos noprojeto,

bem como a aquisição de ma-

teriais locais para atender aos

princípios da certificação”, con-

ta o Assessor de Obras.

Devido à escassez de

chuva na região, a unidade

paraibana projetou uma in-

fraestrutura capaz de reuti-

lizar a água, cuja captação

acontece na cobertura da

edificação. “Em seguida, é

encaminhada por gravidade

para uma filtragem e arma-

zenada em um reservatório

subterrâneo, do qual é bom-

beada para um reservatório

elevado independente da

água potável”, explica Costa.

Para potencializar a cole-

ta, o pisograma e o intertra-

vado auxiliam na drenagem

ENERGISA | 

por Alexandre Raith