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Outsourcing & Workplace
SERTÃO VERDE
Certificação auxilia distribuidora de energia instalada na Paraíba a
enfrentar o baixo índice pluviométrico e a escassez de recursos
O
projeto para construir
as instalações do Nú-
cleo Regional Oeste da Ener-
gisa Paraíba, na cidade de
Patos, tinha entre as premis-
sas a redução no consumo
de água e o uso racional. O
motivo eram as característi-
cas do sertão paraibano: alta
temperatura, baixo índice
pluviométrico, escassez de
recursos e distância de gran-
des centros urbanos.
Para enfrentar tais difi-
culdades, o corpo técnico da
Energisa, empresa especia-
lizada em distribuição, gera-
ção e comercialização para o
mercado de energia elétrica,
promoveu a disseminação
dos conceitos de sustenta-
bilidade a fornecedores, à
equipe que atuou nos proje-
tos e na obra, e também aos
operários, através de treina-
mentos direcionados.
“A maior dificuldade, sem
dúvida, foi a inovação do tema
‘sustentabilidade’ para a nos-
sa região, principalmente em
se tratandode um local onde a
preservação do meio ambien-
te ainda não é bemdifundida”,
afirma José Aurélio Ribeiro da
Costa, Assessor de Obras Civis
e Apoio da Energisa.
José Aurélio Ribeiro
da Costa
é Assessor de
Obras Civis e Apoio, e
trabalha na Energisa
há 28 anos na área de
projetos e construções
de edificações. Formado
em engenharia civil pelo
Centro de Tecnologia da
Universidade Federal da
Paraíba, possui MBA em
Gestão Empresarial pela
FGV e especialização
em eficiência energética
de Edificações pela
Universidade Federal de
Santa Catarina. Gerencia
três empresas terceirizadas
contínuas e dez eventuais
O esforço em respeitar
as normas estipuladas pela
certificação na elaboração,
construção e manutenção do
empreendimento conseguiu
mudar a compreensãoda loca-
lidadeemrelaçãoapráticas so-
ciais, econômicas e ambientais
corretas. Para obter o LLEED
NC Silver, “tivemos que enfren-
tar a mudança de costumes e
aperfeiçoar o entendimento de
todos os envolvidos noprojeto,
bem como a aquisição de ma-
teriais locais para atender aos
princípios da certificação”, con-
ta o Assessor de Obras.
Devido à escassez de
chuva na região, a unidade
paraibana projetou uma in-
fraestrutura capaz de reuti-
lizar a água, cuja captação
acontece na cobertura da
edificação. “Em seguida, é
encaminhada por gravidade
para uma filtragem e arma-
zenada em um reservatório
subterrâneo, do qual é bom-
beada para um reservatório
elevado independente da
água potável”, explica Costa.
Para potencializar a cole-
ta, o pisograma e o intertra-
vado auxiliam na drenagem
ENERGISA |
por Alexandre Raith