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57

INFRA

Outsourcing & Workplace

A SINERGIA ENTRE COMPRAS

E FACILITY MANAGEMENT

GESTÃO | 

por Fernando Méro*

C

ada vez mais a área de Suprimen-

tos vem se tornando parte funda-

mental da estratégia das companhias.

A responsabilidade de negociar com

fornecedores se tornou muito mais im-

portante e as equipes de compras estão

bastante alinhadas com os objetivos

da empresa em médio e longo prazo;

quanto maior este alinhamento, me-

lhores resultados serão atingidos.

Outra sinergia que se faz necessária

é da área de compras com seus clientes

internos (pessoas que geram os estí-

mulos e as demandas). Tornou-se in-

viável uma organização encarar a área

de compras como uma “solucionadora

de urgências”. Falando especificamente

da relação entre Suprimentos e Facili-

ties Management, temos um cenário

bastante típico: prazos apertados e

constante cobrança pela redução dos

custos. Esse contexto dificulta a eficá-

cia de ambas as áreas.

E qual a receita para tornar este rela-

cionamentomais produtivo e eficiente? A

resposta é planejamento e comunicação.

Planejar com antecedência é fun-

damental para ambas as partes e isso

mitigará as famosas “demandas urgen-

tes”. Tanto para compras quanto para o

FM, quanto maiores os prazos, melho-

res os outputs. Para otimizar seu plane-

jamento de uma forma proativa, a área

de suprimentos deve sempre gerenciar

relações de parceria com fornecedores

para garantir rápidas respostas e a con-

tínua melhoria de desempenho.

A compra de atividades relaciona-

das a serviços de FM é completamente

diferente da compra de mercadorias.

Se, por exemplo, chegar ao profissio-

nal de compras a tarefa de contratar

um serviço de manutenção predial

preventiva, ou, até mesmo, de limpeza,

as chances de haver uma contratação

100% coerente com o objetivo da área,

torna-se muito baixo. É neste momento

que entra o quesito da comunicação.

As contratações de FM têm uma com-

plexidade relativamente maior que em

outras áreas. Um escopo claro e bem

definido será um fator diferencial para

que a área de compras possa atingir as

expectativas. Não existe um modelo de

escopo perfeito, mas alguns itens são

essenciais para facilitar a ação de com-

pras, principalmente quando falamos

de serviços específicos de FM: budget li-

mite para a contratação, periodicidade,

localidade e as especificações técnicas

do serviço.

Além do escopo bem definido, o

contato próximo entre as áreas é um

fator que colaborará com o sucesso da

contratação. Especificando um pouco

este conceito, quando falamos de uma

contratação de manutenção predial,

por exemplo, quanto maior for a partici-

pação do time de Suprimentos na defi-

nição do escopo e dos detalhes opera-

cionais, como localidade, abrangência,

recorrência, tipo da manutenção, quali-

dade necessária e limite de budget, mais

fácil se tornará o desfecho do processo

e da efetiva negociação. Essa proximida-

de deve ser afinada e orgânica, ou seja,

ambas as áreas devem se sentir confor-

táveis para trabalharem juntas e inter-

nalizarem que essa sinergia será crucial

para a otimização dos resultados.

Outro ponto de comunicação que

merece atenção é inerente à captação

das demandas. Quando a empresa

possui um FM espalhado por diversas

localidades, muitas vezes as demandas

se perdem e nem chegam até o time de

compras. A solução deste tópico pode

ser dada através da criação de um pon-

to único de contato para os principais

clientes internos.

As duas áreas devem andar juntas

para obterem melhores resultados e

isso dependerá diretamente do alinha-

mento entre si. Quanto mais planeja-

mento, melhor possibilidade para es-

tudos robustos da área de compras, e

quanto mais comunicação e afinamen-

to entre as áreas, melhor será o resulta-

do final das contratações.

*

Fernando Méro

, Coordenador de Compras

Corporativas e Estratégicas da Azul Linhas

Aéreas Brasileiras. É formado em Administração

de Empresas pela Universidade Presbiteria-

na Mackenzie e especializado em Dinâmica

de Negócios pelo Insper, desde seu primeiro

estágio trabalhou no setor de suprimentos e foi

responsável por diversas categorias; ao decorrer

da carreira especializou-se na área de Facilities

e Infraestrutura. Passou por alguns ramos bem

diferentes os quais enriqueceram seus conheci-

mentos da área de Supply Chain – farmacêuti-

co, bens de consumo, construção civil e aviação.

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