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INFRA

Outsourcing & Workplace

Uma vez que grande parte dos sistemas de

controle, documentação e processos estão

em nuvem e são acessíveis de qualquer lugar

do mundo, as estruturas físicas necessárias à

operação vêm sendo cada vez mais reduzidas

O FUTURO DO AMBIENTE DE TRABALHO

TENDÊNCIAS | 

por Kiki Lessa*

D

evemos dizer adeus ao nosso tradi-

cional local de trabalho? Ainda não,

mas significativas transformações estão

ocorrendo nos espaços corporativos. A

crescente adesão das empresas e de em-

preendedores a escritórios mais flexíveis

e fluidos segue movimentando debates

mundo afora. As salas corporativas tra-

dicionais não estão exatamente com os

dias contados, mas a tendência no mun-

do dos negócios tem ido em direção a

modelos de trabalho remoto, com uso

de espaços convencionais apenas em

situações pontuais, como reuniões ou

treinamentos de equipe. Empesquisa re-

cente, a empresa Powwownow, uma das

principais fornecedoras de chamadas de

vídeo conferência da Europa, apontou

que 52% de 2 mil profissionais entrevis-

tados já têm a possibilidade de trabalhar

de forma remota em suas empresas.

A pesquisa teve o intuito de traçar

como as organizações vêm se adap-

tando às mudanças em relação ao am-

biente de trabalho. Apenas 38% dos

entrevistados afirmaram que a empre-

sa não permite um regime de trabalho

remoto ou flexível e 10% não souberam

responder. Os números revelam que a

necessidade de usar um espaço para

escritório vem mudando ao longo dos

anos, já que agora muitos profissionais

são capazes de realizar suas tarefas do

local que desejam desde que tenham

um computador com acesso à internet.

Toda a evolução tecnológica e as

mudanças na dinâmica dos escritórios

são pontos que favorecem a qualidade

de vida do funcionário, além de melho-

rar sua produtividade.

A fluidez dos novos modelos inclui

também soluções para as sedes das em-

presas. Uma vez que grande parte dos sis-

temas de controle, documentação e pro-

cessos estão em nuvem e são acessíveis

de qualquer lugar do mundo, as estru-

turas físicas necessárias à operação vêm

sendo cada vez mais reduzidas. Algumas

organizações adotam uma política para

otimizar os espaços e comportar um nú-

mero maior de profissionais em um local

reduzido. São os casos das empresas que

procuram espaços mobiliados com es-

truturas sob medida de acordo com uma

demanda pontual, seja por uma situação

de contingência, seja para a realização de

um projeto por tempo determinado, sem

que seja necessário arcar com os custos

de montagem de um espaço fixo próprio.

Outras soluções flexíveis de ambien-

tes corporativos são os open spaces,

em que não há divisórias separando os

setores da mesma empresa. Com um

layout aberto e livre, em que os funcio-

nários não ficam isolados em salas, es-

ses espaços facilitam a integração entre

os colaboradores. Há ainda empresas

que disponibilizam espaços de traba-

lho estrategicamente localizados, que

servem como ponto de apoio para os

profissionais que trabalham por mui-

tas horas fora da empresa, visitando

clientes, por exemplo, como é o caso

de consultores, revendedores, advoga-

dos, entre outros. Esses profissionais

enfrentam trajetos exaustivos durante

todo o dia e gastam muito tempo para

retornar à sede. De olho no impacto fí-

sico e psicológico, além dos prejuízos

à produtividade que essa rotina pode

causar, as empresas disponibilizam es-

tações de trabalho em locais de mais

fácil acesso para seus funcionários. O

tempo que eles perderiam, eles usam

para produzir mais.

Com tantas mudanças aparentes

nos espaços físicos corporativos, o que

era improvável já começa a, pelo me-

nos, despertar dúvidas. Não, os escritó-

rios não vão desaparecer. Pelo menos

por enquanto.

*

Kiki Lessa

é Diretora da BQ Escritórios

Divulgação