Revista Infra maio 2014 - page 82

82 INFRA
Outsourcing & Workplace
A GESTÃO DO VAREJO NAS PERIFERIAS
 2ª edição do Retail Real
Estate aborda perspectivas
e oportunidades para o
empreendedorismo social
EVENTO VAREJO | 
por Larissa Gregorutti
A
2ª edição do Retail Real Estate
2014, evento voltado para a ex-
pansão do comércio varejista no Brasil,
aconteceu no dia 8 de abril, na sede
da Fecomercio, em São Paulo, abran-
gendo exposição e fórum sobre o atual
cenário das áreas de varejo, shopping
centers e mercado imobiliário, e o futu-
ro destes segmentos.
Dentre os assuntos discutidos, des-
tacamos o painel III com o tema “Varejo
popular – perspectivas e oportunida-
des para o varejo nas periferias”, que
contou com a apresentação de três
grandes cases do mercado que mostra-
ram como é monitorar e gerenciar uma
rede de lojas com diversas filiais espa-
lhadas pelo País.
Este é o caso da Óticas Carol, que
segundo o vice-presidente Tom Lyra,
possui mais de 780 unidades localiza-
das em todos os estados da federação.
Fundada em 1997 na cidade de So-
rocaba, interior de São Paulo, a rede
emprega hoje 4120 pessoas e conta
com o maior laboratório de surfaçagem
de lentes da América Latina e outro de
lentes antirreflexo, com tecnologia ex-
tremamente avançada.
Lyra explicou que somente 23% da
população brasileira usam óculos, e
Os palestrantes
Tom Lyra (Óticas
Carol), Elias
Tergilene (Uai
Shopping); Amilton
Nieto (Bradesco)
e a mediadora
Lyana Bittencourt
que 46% precisam usar. Pensando nis-
to, os empreendedores da rede deci-
diram apostar suas vendas na classe B
e C, tendo em vista que ela determina
80% do mercado de ótica no País.
Todavia, levando em consideração
que o Brasil é um País onde a profissão
do optometrista não é regulamentada ,
e segundo Lyra, para ter acesso ao lau-
do médico é preciso passar por uma
consulta oftalmológica que custa em
torno de R$ 200,00, ficou decidido que
para fomentar a busca da receita era
necessário baratear o preço dos óculos.
Isso fez com que a rede de loja se ex-
pandisse por todo País, tendo um dos
menores índices de inadimplência do
mercado, de apenas 3%. Perante este
cenário, Lyra explica a fórmula do su-
cesso: “A classe B e C brasileira sustenta
o nosso negócio”.
Outro case de impacto para o mer-
cado, principalmente para área de
facilities, foi o case do Bradesco, apre-
sentado pelo diretor de patrimônio do
banco, Amilton Nieto.
Compartilhando um pouco a his-
tória da organização, ele explicou que
a sua área é responsável por toda a
infraestrutura do banco, desde instala-
ção das redes, obras e mobiliários, até
serviços de limpeza e manutenção, que
no pós-obra, deixa a rede funcionando.
Além disso, eles são responsáveis pelas
vendas dos bens oriundos das opera-
ções de créditos, vendendo cerca de
50 mil veículos por ano, e também dos
imóveis que são retomados .
Um dos projetos do Bradesco, um
marco em inovação, foi levar uma unida-
de flutuante para o Amazonas, disponibi-
lizando serviços bancários entre as cida-
des de Manaus e Tabatinga, atendendo
mais de 2500 pessoas de 50 comunida-
des ribeirinhas em 11 municípios.
Toda a rede atende milhões de cor-
rentistas ou não correntistas, pessoas
física e jurídica. O Bradesco conta com
Divulgação
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