Revista Infra agosto 2014 - page 12

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Outsourcing & Workplace
Será utilizado o sistema conven-
cional de telefonia, mas o projeto
prevê também a infraestrutura básica
para uma migração gradual do siste-
ma convencional para o sistema VoIP.
Adotam-se cabos estruturados
para a transmissão de dados e voz,
alternativa mais apropriada ao que
se propõe e também por ser menos
agressiva ao edifício permite que
a tecnologia VoIP seja implantada
posteriormente.
Serão sonorizados (sistema digi-
tal) apenas as salas de audiências,
do Salão do Júri e do Salão do Ple-
nário. Segundo Martins, o mais indi-
cado para estes ambientes é o siste-
ma de conferências e reuniões, pois
permite o funcionamento de vários
microfones por bloco (processador),
além de ter seu controle efetuado
por meio de software gerenciador de
solicitação de palavras ao responsá-
vel da mesa. Os microfones, interli-
gados uns nos outros, são conecta-
dos a um notebook ou computador
e o processador realiza a mixagem
de áudio e controle de todos os da-
dos do sistema. Este sistema tam-
bém realiza a integração com vídeo
para videoconferências, quase tudo
sendo feito por automação.
Com relação à CFTV, a previsão
é para sistema digital com câmeras
IP, que suportam POE (do inglês,
Power Over Ethernet), tecnologia
que reduz a infraestrutura e cabos,
essencial para edifícios desta natu-
reza, sendo a alimentação elétrica
e a de sinais realizadas pelo mesmo
cabo UTP.
Estima-se que o restauro se es-
tenda por até quatro anos, dada a
complexidade da obra.
O arquiteto Ramos de Azevedo foi
incumbido do projeto do Palácio
da Justiça. A presença de grandes
espaços tornou a obra pioneira no
uso de estruturas metálicas. Sua
fachada foi inspirada no Palácio da
Justiça de Roma, com acabamentos
luxuosos, ornamentado com figuras,
cariátides e símbolos do judiciário.
Após 13 anos, em janeiro de 1933,
começaram as atividades no
prédio; uma segunda inauguração
ocorreu em 25 de janeiro de 1942,
em homenagem à cidade de São
Paulo pelo seu 388º aniversário.
O Palácio da Justiça, considerado
monumento histórico de valor
arquitetônico e interesse cultural,
foi tombado pelo Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico do
Estado de São Paulo (Condephaat),
em dezembro de 1981.
Os ambientes seguem a lógica
e a dinâmica do próprio sistema
judiciário. No eixo central do edifício
estão localizadas as salas que
abrigam as principais funções do
prédio e que se distinguem por sua
dimensão e altura, todas amplas,
com pé-direito duplo e ricamente
ornamentadas: o Salão dos Passos
Perdidos e o Salão do Júri, no 2º
andar; a Sala de Audiências Civis
(atual, Sala de Leitura da Biblioteca),
no 4º andar; e o Salão do Plenário,
no 5º andar. Circundando esses
espaços, estão situadas as câmaras
de audiências, salas de cartórios e
demais ambientes que compunham
a lógica dos julgamentos.
A materialização dos processos
que compõem o trâmite jurídico é
mais facilmente constatada na área
junto ao Salão do Júri. Esse espaço,
concebido para sediar os julgamentos
criminais, é parte de um complexo
maior composto pelo pátio dos
presos, celas, sala dos jurados, sala
dos juízes, sala dos promotores e
câmara secreta, espaços com funções
próprias que não poderiam se cruzar.
- 1° pavimento (térreo):
estacionamento, administração,
área de manutenção, controle de
acesso e entrada de funcionários,
carga e descarga, enfermaria,
vestiários da PM e vestiários.
- 2° pavimento: Salão do Tribunal do
1º Júri, museus, banco e atendimento
geral, sala das becas, central de
telefonia e PABX, sanitários e Salão
dos Passos Perdidos, cuja finalidade
é ser o centro de onde partem
todas as circulações do prédio,
para onde se abrem a maioria
das salas. É o local de encontro
e de espera das deliberações.
- 3° pavimento: corregedoria, arquivo,
cartório, sala de manutenção
de TI, copa e sanitários.
4° pavimento: gabinetes de juízes
assessores, câmaras de audiência,
atendimento aos magistrados,
biblioteca e acervo, copa e sanitários.
5° pavimento: gabinetes da
presidência e vice-presidência,
câmaras de audiência,
gabinete da corregedoria-geral,
secretaria judiciária, Salão do
Plenário, copa e sanitários.
6° pavimento: gabinetes da
presidência e desembargadores,
câmaras de audiência e sanitários.
ENTENDA O PALÁCIO DA JUSTIÇA
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