EFICIÊNCIA E SEGURANÇA
Além da maior capacidade para ar-
mazenamento e processamento das
informações, o novo centro traz vanta-
gens econômicas e de produtividade,
pois centraliza em apenas um local
todo o serviço que era realizado nos
dois CPDs da companhia. Outro fator
importante é a distância de apenas 500
metros entre os dois Data Centers, per-
mitindo que atuem um como backup
do outro, ou seja, caso aconteça algum
problema com um deles, o outro entra
automaticamente em ação, prevenindo
falhas e suprindo a demanda.
“O empreendimento foi desenvol-
vido de acordo com o modelo euro-
peu de construção de Data Center,
como um bunker semienterrado. [...]
Caso um avião caia sobre o prédio,
não acontece absolutamente nada ao
Data Center”, destaca José Paiva, vice-
-presidente executivo sênior de Meios
do Santander Brasil. Por conta deste
modelo e pelo atendimento às normas
técnicas do próprio Grupo Santander,
recomendações da IBM e das normas
da Associação da Indústria de Teleco-
municações (Telecommunications In-
dustry Association – TIA-942), o projeto
teve um custo de R$ 1,1 bilhão.
Ainda de acordo com Paiva, o esta-
belecimento contempla um Centro de
Comando tanto local como interna-
cional: “No futuro, nós conseguiremos
controlar qualquer agência do Brasil e
do mundo a partir daqui”. Com cerca de
nove mil servidores e capacidade ins-
talada de processamento para mais de
80 mil MIPS (Milhões de Instruções Por
Segundo), o centro tecnológico utiliza
o conceito de nuvem privada para o ar-
mazenamento de dados.
CERTIFICAÇÕES QUE
FAZEM A DIFERENÇA
Um dos grandes diferenciais do
complexo está na obtenção da certi-
ficação TIER, concedida pelo Uptime
Institute – Professional Services, que
avalia a infraestrutura de locais desti-
nados ao funcionamento de centros de
processamento de dados. O Santander
é o único banco da América Latina a
obter a classificação TIER IV, considera-
da a de eficiência máxima. “É um dos
três melhores projetos do mundo”, afir-
ma Christopher Brown, vice-presidente
de Operações do Uptime Institute.
Para obter tal nível de sucesso, o
empreendimento atua com 99,995% de
disponibilidade ao ano, ou seja, o tem-
po máximo de parada anual é inferior
a 24 minutos, além de possuir autono-
mia de 96 horas sem abastecimento de
energia. Para isso, conta com dois siste-
mas de alimentação de energia em cada
prédio. O complexo tem, ainda, uma
subestação com potência de 50 mil kW,
suficiente para fornecer energia a uma
cidade com até 200 mil habitantes.
Outro importante diferencial está no
conceito sustentável do projeto. O sis-
tema de refrigeração por condensação
a ar permite que o consumo de água
para resfriamento seja praticamente
zero, além da baixa emissão de ruídos
e de uma eficiência 30% maior, em
comparação aos modelos padrões. Ele
também não desgasta o rotor, que não
utiliza óleo lubrificante, pois é capaz de
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