Table of Contents Table of Contents
Previous Page  34 / 68 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 34 / 68 Next Page
Page Background

34 INFRA

Outsourcing & Workplace

CUIDADOS EM EDIFÍCIOS COMERCIAIS

MELHORAM A SAÚDE DE SEUS

FREQUENTADORES E OTIMIZAM A

PERFORMANCE ENERGÉTICA DO PRÉDIO

QUALIDADE DO AR INTERIOR | 

por Brian Hafendorfer*

A

maioria dos proprietários de edi-

fícios concordaria que as pessoas

são o seu recurso mais importante, o

que torna o oferecimento de um am-

biente confortável e produtivo uma

prioridade.

A qualidade do ar interior pode ter

um impacto real sobre o absentismo,

produtividade e desempenho dos ocu-

pantes de um edifício, sejam eles traba-

lhadores de escritório ou crianças na

escola. De acordo com a Organização

Mundial da Saúde (OMS), as pessoas

gastam de 80% a 90% de suas vidas

dentro de ambientes fechados, respi-

rando cerca de 10.000 litros de ar por

dia. A devida gestão da qualidade do

ar interior (QAI ) exige uma abordagem

holística e atenção aos atributos do

sistema, tais como temperatura, umi-

dade, contaminantes e ventilação do ar

exterior. Os efeitos negativos que a má

administração do ar pode ter sobre a

saúde e bem-estar dos ocupantes estão

bem documentados.

A Síndrome do Edifício Doente (SED)

e as Doenças Relacionadas a Edifica-

ções (DRE) têm sido associadas à má

qualidade do ar interior durante várias

décadas. Entre as possíveis causas da

SED e das DRE estão espaços subventi-

lados e acúmulo de contaminantes do

ar – vindos de fontes internas ou exter-

nas – como partículas, gases, vapores,

odores e compostos orgânicos voláteis.

Códigos e regulamentos de edifí-

cios são projetados para manter uma

boa qualidade do ar interior e variam

dependendo do tipo de construção ou

utilização, e é importante que proprie-

tários de edifícios conheçam as normas

que se aplicam.

Em vigor no Brasil desde 25 de ou-

tubro de 2000, a Resolução n. 176 da

Agência Nacional de Vigilância Sani-

tária (ANVISA) – atualizada em 16 de

janeiro de 2003 pela Resolução n. 9 –

estabeleu regras para que os sistemas

de ar condicionado não se tornem uma

ameaça permanente para as pessoas

que têm de ficar um longo tempo em

ambientes artificialmente climatizados.

Os requisitos e recomendações es-

tabelecidas pela NBR 16401 (ventilação

para qualidade do ar interior aceitável)

são a principal fonte para as normas de

boas práticas em edifícios. Estas nor-

mas incluem os requisitos para o ge-

renciamento de má qualidade do ar ex-

terno, sistemas e equipamentos, taxas

de ventilação, construção, operação e

manutenção.

Sistemas de Aquecimento, Ventila-

ção e Ar Condicionado (AVAC ) velhos

ou mal configurados podem afetar ne-

gativamente a eficiência energética,

bem como a qualidade do ar interior.

A configuração adequada de um siste-

ma AVAC é indispensável para permitir

a entrada de ar exterior, filtração de

impurezas e fornecimento de ar com

temperatura e umidade desejáveis. Es-

tes fatores também podem ser afetados

pelas sequências de controle do siste-

ma, bem como a concepção e instala-

ção adequada de componentes, tais

como bobinas, filtros, recipientes de

drenagem e umidificadores.

Melhorar a eficiência energética

mantendo uma boa qualidade do ar

interior pode ser um desafio e as estra-

tégias para cada um são muitas vezes

conflitantes. Há uma série de maneiras

de fazer um sistema de climatização

mais eficiente energeticamente e ain-

da minimizar o impacto negativo sobre

a QAI, incluindo a manutenção. Estes

passos são:

• Conforme os filtros ficam carregados

de partículas, eles se tornam mais re-

Divulgação