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Outsourcing & Workplace
CUIDADOS EM EDIFÍCIOS COMERCIAIS
MELHORAM A SAÚDE DE SEUS
FREQUENTADORES E OTIMIZAM A
PERFORMANCE ENERGÉTICA DO PRÉDIO
QUALIDADE DO AR INTERIOR |
por Brian Hafendorfer*
A
maioria dos proprietários de edi-
fícios concordaria que as pessoas
são o seu recurso mais importante, o
que torna o oferecimento de um am-
biente confortável e produtivo uma
prioridade.
A qualidade do ar interior pode ter
um impacto real sobre o absentismo,
produtividade e desempenho dos ocu-
pantes de um edifício, sejam eles traba-
lhadores de escritório ou crianças na
escola. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), as pessoas
gastam de 80% a 90% de suas vidas
dentro de ambientes fechados, respi-
rando cerca de 10.000 litros de ar por
dia. A devida gestão da qualidade do
ar interior (QAI ) exige uma abordagem
holística e atenção aos atributos do
sistema, tais como temperatura, umi-
dade, contaminantes e ventilação do ar
exterior. Os efeitos negativos que a má
administração do ar pode ter sobre a
saúde e bem-estar dos ocupantes estão
bem documentados.
A Síndrome do Edifício Doente (SED)
e as Doenças Relacionadas a Edifica-
ções (DRE) têm sido associadas à má
qualidade do ar interior durante várias
décadas. Entre as possíveis causas da
SED e das DRE estão espaços subventi-
lados e acúmulo de contaminantes do
ar – vindos de fontes internas ou exter-
nas – como partículas, gases, vapores,
odores e compostos orgânicos voláteis.
Códigos e regulamentos de edifí-
cios são projetados para manter uma
boa qualidade do ar interior e variam
dependendo do tipo de construção ou
utilização, e é importante que proprie-
tários de edifícios conheçam as normas
que se aplicam.
Em vigor no Brasil desde 25 de ou-
tubro de 2000, a Resolução n. 176 da
Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (ANVISA) – atualizada em 16 de
janeiro de 2003 pela Resolução n. 9 –
estabeleu regras para que os sistemas
de ar condicionado não se tornem uma
ameaça permanente para as pessoas
que têm de ficar um longo tempo em
ambientes artificialmente climatizados.
Os requisitos e recomendações es-
tabelecidas pela NBR 16401 (ventilação
para qualidade do ar interior aceitável)
são a principal fonte para as normas de
boas práticas em edifícios. Estas nor-
mas incluem os requisitos para o ge-
renciamento de má qualidade do ar ex-
terno, sistemas e equipamentos, taxas
de ventilação, construção, operação e
manutenção.
Sistemas de Aquecimento, Ventila-
ção e Ar Condicionado (AVAC ) velhos
ou mal configurados podem afetar ne-
gativamente a eficiência energética,
bem como a qualidade do ar interior.
A configuração adequada de um siste-
ma AVAC é indispensável para permitir
a entrada de ar exterior, filtração de
impurezas e fornecimento de ar com
temperatura e umidade desejáveis. Es-
tes fatores também podem ser afetados
pelas sequências de controle do siste-
ma, bem como a concepção e instala-
ção adequada de componentes, tais
como bobinas, filtros, recipientes de
drenagem e umidificadores.
Melhorar a eficiência energética
mantendo uma boa qualidade do ar
interior pode ser um desafio e as estra-
tégias para cada um são muitas vezes
conflitantes. Há uma série de maneiras
de fazer um sistema de climatização
mais eficiente energeticamente e ain-
da minimizar o impacto negativo sobre
a QAI, incluindo a manutenção. Estes
passos são:
• Conforme os filtros ficam carregados
de partículas, eles se tornam mais re-
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