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Outsourcing & Workplace
MOBILIÁRIO CORPORATIVO
MOBILIÁRIO |
por Léa Lobo
A
revista
INFRA
contatou a Associa-
ção Brasileira do Mobiliário Cor-
porativo (Abramco), organização não
governamental que integra fornecedo-
res de mobiliário corporativo no âmbi-
to público e privado, para nos passar
alguns insights sobre tendências do
setor, que o leitor acompanha nesta en-
trevista exclusiva com Gerson Chioratto
Trama, Diretor-presidente da entidade.
Como pensam o escritório do futuro,
quando o tema é mobiliário corporativo?
Materiais recicláveis, gerenciamento
do ciclo de vida dos produtos e des-
carte ambientalmente correto são as
tendências. A Política Nacional de Resí-
duos Sólidos instituída através da Lei n.
12.305/2010 e regulamentada pelo De-
creto n. 7.404/2010 avança através de
acordos setoriais para a inclusão dos
mais diversos setores da economia, ge-
rando compromissos e responsabilida-
des compartilhadas entre a sociedade,
indústrias e governos para a gestão de
uso e descarte dos produtos. As indús-
trias de móveis acompanham o desen-
volvimento da Política Nacional de Re-
síduos Sólidos (PNRS) e o engajamento
do setor é certo, haja vista as ações já
iniciadas no gerenciamento dos resí-
duos dentro das fábricas.
Espaços menores e melhores aprovei-
tados, compartilhamento de estações
de trabalho e móveis adaptáveis para
diferentes posições de trabalho serão
determinantes para atender as deman-
das futuras das corporações.
A customização dos projetos, a inte-
gração de ambientes e a tradução dos
mobiliários para a imagem e cultura da
corporação direcionam as indústrias
do mobiliário e desafiam os designers
a criarem produtos versáteis e confi-
guráveis para atender às mais diversas
demandas.
E quanto às normas?
A normatização acompanha o desen-
volvimento dos produtos e dos siste-
mas produtivos, atualizando as normas
e assegurando, por meio dos ensaios,
os requisitos necessários para a segu-
rança dos usuários e a durabilidade dos
produtos.
O Inmetro, Gestor do Programa Bra-
sileiro de Avaliação da Conformidade
(PBAC), preocupado com o desenvol-
vimento e fortalecimento da indústria
nacional e com a proteção do consu-
midor edita programas de certificação
de conformidade de produto , como os
atuais programas compulsórios para
mobiliário escolar e berços.
Atualmente os programas do Inmetro
para Certificação de Conformidade de
Produto dos mobiliários corporativos
são voluntários e a julgar pela deman-
da dos usuários e a utilização frequente
como critério de aquisição pelos compra-
dores, em breve, estes certificados evolui-
rão para compulsórios, impulsionando o
setor e beneficiando os usuários.
Acredita-se que uma vez que grande
parte dos sistemas de controle e docu-
mentos está armazenada em nuvem,
as estruturas físicas necessárias à
operação vêm sendo cada vez mais re-
duzidas? O que você pensa sobre isso?
Acreditamos que a portabilidade e a
acessibilidade de documentos concor-
rem para oferecer maior flexibilidade
ao local de trabalho, no entanto o tra-
balho corporativo e a identidade dos
escritórios não se alteram em função
desta variável.
Estas novas formas de acesso a docu-
mentos possibilitam a alternância de
locais de trabalho e com isso os móveis
corporativos conquistam outros espa-
ços com novas leituras de design e ma-
teriais. No entanto, aumentam os riscos
aos usuários com posturas inadequa-
das e locais insalubres para o trabalho.
Devem-se existir condições ambientais,
físicas e dimensionais minimamente
boas para um local de trabalho e as
corporações devem propiciar estas
condições, evitando a gera-
ção de passivo trabalhista.
Entre outras conside-
rações, somadas ao
custo do metro qua-
drado do Real Estate,
há alguma tendência
de que os mobiliários se-
jam em formato menores?