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Outsourcing & Workplace
O futuro das lojas físicas e, conse-
quentemente, dos shoppings centers,
frente às facilidades e custos das ope-
rações on-line, tem sido tema constante
das pautas de discussões do setor. O fim
do varejo físico é apocalíptico demais,
mas é quase um consenso a necessida-
de de adaptações. “Mudança”, “inova-
ção” e até “revolução” são palavras que
permeiam o debate sobre o tema.
Para Marco Grenier, Arquiteto e Só-
cio da MB3 Engenharia, responsável
pela obra de quatro operações inaugu-
radas no Shopping Cidade São Paulo,
as lojas físicas são o ponto de contato
mais sensorial entre consumidor e mar-
ca. “O futuro aponta para um varejo
multiplataformas. Não significa que os
pontos de venda físicos serão extintos
ou sofrerão decadência. Pelo contrário,
é cada vez mais comum a loja receber
um cliente perguntando por algo que
viu na internet ou por um produto que
está na tela do seu smartphone. Estes,
por sua vez, são recursos que permitem
colher informações que não seriam for-
necidas a um vendedor”. Segundo ele,
“as lojas físicas precisam acompanhar
essa evolução, oferecendo ambientes
que permitam a identificação clara e
rápida do cliente, que despertem nele o
desejo de ir, permanecer e comprar na
loja”. Portanto, para ele, a tendência do
varejo é a definição mais clara de seu
estilo e de seu público-alvo, o que re-
flete diretamente na estética do projeto
arquitetônico. “O ambiente de uma loja
precisa dialogar com o universo de seu
consumidor para que ele se sinta mais
confortável naquele espaço”, explica.
Um exemplo é a marca Cavalera,
que busca referências contemporâneas
com foco no público jovem, mas tam-
bém traz a sofisticação em seu DNA.
“Esse conceito é transportado para o
ambiente que mescla cores sóbrias e
uma mistura irreverente de mobiliários
industriais com outros mais clássicos”,
elenca Grenier. Outros exemplos, lem-
bra ele, é a Youcom – marca do grupo
Renner Herrman S.A. voltada ao públi-
co jovem que começa a ganhar lojas ex-
clusivas – e a Malwee, que criou proje-
tos arquitetônicos diferentes para suas
lojas adulto e infantil, que, além de seg-
mentar os produtos, criam atmosferas
diferentes para cada público.
Também executado pela MB3 En-
genharia, o projeto da grife de cristais
Swarovski no novo shopping traz um
conceito diferente em relação às outras
nove unidades na cidade. A proposta é
um ambiente aberto, sem barreiras de
vitrines ou portas, para reforçar essa re-
lação de proximidade com seu público.
Além disso, do ponto de vista do varejo,
é o projeto mais inteligente na opinião
de Grenier, pelo seu tempo de execu-
ção: em 15 dias, toda a infraestrutura e
acabamentos de piso, parede, forro, ilu-
minação e ar condicionado foi concluí-
da. Com mais dois dias para montagem
da marcenaria, que é composta por mó-
veis e painéis modulados, a loja estava
pronta e entregue em apenas 17 dias.
“Como a MB3 já vêm desenvolvendo
processos para racionalização e contro-
le de qualidade desde o início de 2014,
fomos muito bem-sucedidos no desafio
internacional proposto pela Swarovski:
o de cumprir aqui os prazos executados
nos EUA e na Europa, com a diferen-
ça de que o nível de industrialização e
pré-fabricação disponível no mercado
brasileiro é avançado, mas não equi-
valente ao dos países desenvolvidos”,
acrescenta Grenier. A agilidade gerou
economia para a obra e tempo de re-
torno mais rápido para o cliente. Afinal,
essa é a lógica.
Time is money
!
LOJAS
Novo conceito arquitetônico da Swarovski, lançado
no Shopping Cidade São Paulo: sem barreiras!