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20 INFRA

Outsourcing & Workplace

O futuro das lojas físicas e, conse-

quentemente, dos shoppings centers,

frente às facilidades e custos das ope-

rações on-line, tem sido tema constante

das pautas de discussões do setor. O fim

do varejo físico é apocalíptico demais,

mas é quase um consenso a necessida-

de de adaptações. “Mudança”, “inova-

ção” e até “revolução” são palavras que

permeiam o debate sobre o tema.

Para Marco Grenier, Arquiteto e Só-

cio da MB3 Engenharia, responsável

pela obra de quatro operações inaugu-

radas no Shopping Cidade São Paulo,

as lojas físicas são o ponto de contato

mais sensorial entre consumidor e mar-

ca. “O futuro aponta para um varejo

multiplataformas. Não significa que os

pontos de venda físicos serão extintos

ou sofrerão decadência. Pelo contrário,

é cada vez mais comum a loja receber

um cliente perguntando por algo que

viu na internet ou por um produto que

está na tela do seu smartphone. Estes,

por sua vez, são recursos que permitem

colher informações que não seriam for-

necidas a um vendedor”. Segundo ele,

“as lojas físicas precisam acompanhar

essa evolução, oferecendo ambientes

que permitam a identificação clara e

rápida do cliente, que despertem nele o

desejo de ir, permanecer e comprar na

loja”. Portanto, para ele, a tendência do

varejo é a definição mais clara de seu

estilo e de seu público-alvo, o que re-

flete diretamente na estética do projeto

arquitetônico. “O ambiente de uma loja

precisa dialogar com o universo de seu

consumidor para que ele se sinta mais

confortável naquele espaço”, explica.

Um exemplo é a marca Cavalera,

que busca referências contemporâneas

com foco no público jovem, mas tam-

bém traz a sofisticação em seu DNA.

“Esse conceito é transportado para o

ambiente que mescla cores sóbrias e

uma mistura irreverente de mobiliários

industriais com outros mais clássicos”,

elenca Grenier. Outros exemplos, lem-

bra ele, é a Youcom – marca do grupo

Renner Herrman S.A. voltada ao públi-

co jovem que começa a ganhar lojas ex-

clusivas – e a Malwee, que criou proje-

tos arquitetônicos diferentes para suas

lojas adulto e infantil, que, além de seg-

mentar os produtos, criam atmosferas

diferentes para cada público.

Também executado pela MB3 En-

genharia, o projeto da grife de cristais

Swarovski no novo shopping traz um

conceito diferente em relação às outras

nove unidades na cidade. A proposta é

um ambiente aberto, sem barreiras de

vitrines ou portas, para reforçar essa re-

lação de proximidade com seu público.

Além disso, do ponto de vista do varejo,

é o projeto mais inteligente na opinião

de Grenier, pelo seu tempo de execu-

ção: em 15 dias, toda a infraestrutura e

acabamentos de piso, parede, forro, ilu-

minação e ar condicionado foi concluí-

da. Com mais dois dias para montagem

da marcenaria, que é composta por mó-

veis e painéis modulados, a loja estava

pronta e entregue em apenas 17 dias.

“Como a MB3 já vêm desenvolvendo

processos para racionalização e contro-

le de qualidade desde o início de 2014,

fomos muito bem-sucedidos no desafio

internacional proposto pela Swarovski:

o de cumprir aqui os prazos executados

nos EUA e na Europa, com a diferen-

ça de que o nível de industrialização e

pré-fabricação disponível no mercado

brasileiro é avançado, mas não equi-

valente ao dos países desenvolvidos”,

acrescenta Grenier. A agilidade gerou

economia para a obra e tempo de re-

torno mais rápido para o cliente. Afinal,

essa é a lógica.

Time is money

!

LOJAS

Novo conceito arquitetônico da Swarovski, lançado

no Shopping Cidade São Paulo: sem barreiras!