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16 INFRA

Outsourcing & Workplace

PRÓXIMO CAPÍTULO

 Do glamour da poderosa família Matarazzo a anos

de impasses sobre sua posse e futuro, o número 1.230

da avenida Paulista, finalmente, dá início a uma nova

era com a inauguração do Shopping Cidade São Paulo,

realizada no final de abril, e da Torre Matarazzo, prevista

para o mês de junho. Com o fluxo e potencial de consumo

do público da região, a expectativa é de final feliz

NOVO SHOPPING | 

por Yara Verônica

N

o dia 30 de abril, um dos símbolos

da riqueza cafeeira da cidade de

São Paulo e de uma das famílias mais

tradicionais da sociedade paulista da

década de 1920 encerrou de vez seu ci-

clo, dando início a uma nova era. No lu-

gar dos 19 quartos e 16 salas da residên-

cia da família Matarazzo, que receberam

os mais ilustres da época, os 1,5 milhão

de pessoas que passam pela avenida

Paulista diariamente, entre jovens, turis-

tas, executivos e trabalhadores, terão à

disposição 160 lojas, distribuídas em cin-

co pisos, que formam o Shopping Cida-

de São Paulo, desenvolvido pela Cyrela

Commercial Properties S.A. (CCP).

Em vez das festas emblemáticas que

marcaram época, como “o casamento

do século” da filha do conde, Filly Mata-

razzo, com o também milionário cario-

ca João Liberal Martinez de Hoz Lage,

em 1945, os novos visitantes poderão

se divertir em um complexo de cinema

da rede Cinemark e um teatro.

Da mansão assobradada com már-

more travertino nos pisos e fachadas só

restaram fotos e um tijolo com a inscri-

ção em relevo da sigla IRFM (Indústrias

Reunidas Fábricas Matarazzo) encon-

trado junto com outras dezenas iguais

durante as primeiras escavações para

análise técnica do local e que hoje faz

parte da decoração do hall da CCP.

A inauguração encerra 26 anos de

uma longa novela, marcada por uma

sucessão de impasses até o terreno ser

adquirido pela construtora em 2006.

Herança do conde Francisco Matarazzo

(1854-1937), que em 1881 emigrou da Itá-

lia para se tornar ícone da indústria brasi-

leira na primeira metade do século XX, o

terreno só foi arrematado após inúmeras

negociações mobilizando cinco gerações

da família. A fase de aquisição do terreno