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Outsourcing & Workplace
cípio de São Paulo, aprovado em junho
do ano passado. “A avenida Paulista é
um grande eixo de transporte público
e, portanto, capaz de absorver um em-
preendimento de alta densidade, como
o shopping. Até pouco tempo, a legisla-
ção exigia de umpolo gerador de tráfego
uma quantidade enorme de vagas para
automóveis. Mas a administração muni-
cipal se deu conta de que era umequívo-
co essa exigência em uma região como
a Paulista, que é servida de metrô e ôni-
bus. A legislação atual, portanto, limita
o número de vagas para os empreendi-
mentos que estão no eixo de circulação
do transporte público”, explica.
No aspecto ambiental, a população
que circula na região está ganhando
um verdadeiro jardim a céu aberto, com
acesso livre que proporciona convivên-
cia e integração. Com 2,4 mil m
2
, o espa-
ço conserva cerca de 60 árvores nativas
e abriga mais de uma centena de mu-
das, originárias da Mata Atlântica.
Segundo o Aflalo, “houve preocu-
pação em buscar algumas referências
dos elementos naturais, apesar de tra-
balharmos em uma estrutura fechada,
como é um shopping center”. Segundo
ele, “sempre que possível, buscamos
referência de inclinação externa. Temos
muitas janelas que abrem para a área
arborizada e para a avenida Paulista. A
área de alimentação, por exemplo, ter-
mina em frente à avenida, que também
é uma vista interessante”, explica.
O desafio agora é comercial. O se-
tor de shopping centers fechou o ano
de 2014 com crescimento nominal de
10,1%em vendas, segundo a Associação
Brasileira de Shopping Centers (Abras-
ce), o que representa um faturamento de
R$ 142,27 bilhões e 25 novos empreendi-
mentos em operação no País. A previsão
de novas aberturas era de 43. Em 2013,
a projeção de crescimento começou em
12%, foi reajustada para 10% no meio
do ano e fechou em 8,6%. Para 2015, a
expectativa da entidade é manter o cres-
cimento na casa dos 8,5%. Para José Ro-
berto Voso, Diretor de Shopping Centers
da CCP, “o Brasil já passou por outras
fases difíceis e sempre soube superá-las.
Desta vez não será diferente. Vemos no
Shopping Cidade São Paulo mais uma
grande oportunidade de estreitar o rela-
cionamento com o público e gerar resul-
tados positivos para todos”.
Com17,5mil m
2
de Área Bruta Locável
(ABL), o empreendimento comporta 160
lojas, distribuídas em cinco pavimentos
– o que é atípico em shopping. Pratica-
mente 100% desse total já foram comer-
cializados (dos metros de abl), segundo a
CCP, e 70% das lojas estão operando nor-
malmente. Entre elas, Cavalera, Diesel,
Capodarte, Swarovski, entre outras.
Na região, quatro concorrentes:
Center 3, com cem lojas; Conjunto Na-
cional, com 66; Top Center, com 67; e
Shopping Pátio Paulista com 234 esta-
belecimentos. “De fato, estamos em um
mercado de grande concorrência, mas
onde há espaço para quem sabe traba-
lhar com eficiência. A CCP tem grande
experiência no setor de shopping cen-
ters e acredita muito no sucesso do Ci-
dade São Paulo”, acrescenta Voso.
Em junho, a Torre Matarazzo deve
ser concluída. O edifício comercial pos-
sui 13 pavimentos de escritórios em
áreas de 1,6 mil m
2
e 2,2 mil m
2
, além
de três pavimentos técnicos; heliponto
e lobby com pé-direito de 21 metros de
altura. Juntos, eles demandaram um
investimento de R$ 500 milhões e ocu-
pam um terreno de 12 mil m
2
, que tam-
bém abriga sete subsolos com 1,5 mil
vagas de estacionamento.
O shopping ficará sob a gestão da BRX
Administradora de Shopping Centers,
subsidiária da CCP. Já a torre foi vendida
em 2012 para a Caixa de Previdência dos
Funcionários do Banco do Brasil (Previ).
Jardim a céu
aberto: são 2,4
mil m² de área
verde, com 60
árvores nativas
e mudas da
Mata Atlântica
Divulgação