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Outsourcing & Workplace
A EVOLUÇÃO NOS ESPAÇOS DE TRABALHO
Novos ambientes corporativos seguem tendências globais
ARQUITETURA CORPORATIVA |
por Léa Lobo
G
arantir serviços de qualidade, com
construções eficientes, seguras e
cada vez mais sustentáveis são os ob-
jetivos da campanha Projeto Arquitetô-
nico só com Arquiteto, promovido pelo
Conselho de Arquitetura e Urbanismo
do Brasil (CAU/BR), que tem o apoio de
alguns escritórios, a exemplo da Logi
Arquitetura. A premissa é conscienti-
zar órgãos públicos e a sociedade em
geral para que confiem seus planos de
reforma e construção nas mãos de pro-
fissionais capacitados para projetá-los
e, desta forma, deixar claro que a obri-
gatoriedade de supervisionar projetos
arquitetônicos é atribuição exclusiva de
arquitetos e urbanistas.
Para a Logi Arquitetura, comandada
por Adriano Dorigo e Clarisse Petroski,
projetos arquitetônicos devem ser assi-
nados somente por arquitetos. “Espe-
ramos que essas ações conscientizem a
população da grande importância que
o arquiteto tem na sociedade e do valor
do seu serviço, permitindo a estes pro-
fissionais uma reconquista no mercado
de trabalho”, relata Dorigo.
É uma atitude favorável para quem
exerce e para quem contrata esse tipo
de mão-de-obra, isto é, a arquitetura
feita por arquitetos significa mais quali-
dade nos projetos e, consequentemen-
te, no ambiente urbano como um todo,
devido à visão sistêmica que o especia-
lista possui de todo o processo e das
variáveis envolvidas em uma obra.
Cada profissional é capacitado para
atuar em sua própria área. “Nenhu-
ma outra pessoa, senão o arquiteto,
Adriano Dorigo
e Clarisse
Petroski, que
comandam a
Logi Arquitetura
possui os conhecimentos necessários
para elaborar projetos de arquitetura,
assim como nenhum outro indivíduo,
por exemplo, está apto a fazer ativida-
des específicas da medicina, senão o
médico. Ater-se à sua capacitação pro-
fissional é, antes de mais nada, uma
questão ética”, conclui Clarisse Petros-
ki. Os maiores envolvidos nesta discus-
são são os arquitetos e os engenheiros
civis, devido à proximidade das áreas.
Existem pontos comuns entre as pro-
fissões, porém as atividades principais
são específicas de cada área. A ideia é
evitar que profissionais sem capacita-
ção técnica e sem conhecimento ade-
quado executem projetos de arquitetu-
ra, algo que só traz prejuízos para a obra
e para todos os envolvidos no processo.
Neste sentido, a arquitetura corpo-
rativa têm se destacado cada vez mais
com projetos realizados por profissio-
nais altamente capacitados, que pen-
sam os ambientes empresariais de for-
ma prática e funcional. Tudo isso sem
deixar de lado o conforto e a estética
que dá uma cara única para o negócio.
Essa metodologia de trabalho contri-
bui para que os colaboradores tenham
mais produtividade nas tarefas diárias
e os clientes possam encontrar um am-
biente diferenciado.
Além disso, o perfil mais jovem, ca-
racterizado principalmente pela cha-
mada Geração Y, tem se efetivado no
mercado de trabalho e levado concei-
tos inovadores para dentro das compa-
nhias. Uma das novidades é que essa
nova geração busca por espaços nos
quais possa produzir se divertindo. Em
resposta a esse cenário, tem se difundi-
do a tendência (trazida principalmente
por empresas de tecnologia) de am-
bientes de trabalho compartilhados,
menos rígidos e mais “descolados”.
De acordo com Sérgio Athié, Sócio-
-diretor da Athié | Wohnrath, do Grupo
A|W, hoje o open space já é uma reali-
dade, porém, na opinião do arquiteto,
para que ele funcione de maneira ade-
quada, há alguns espaços auxiliares
que devem ser considerados: como