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16 INFRA

Outsourcing & Workplace

Como parte da região e de sua his-

tória, seu trabalho em prol da mesma é

ativo e contínuo. Um deles é a Associa-

ção Campos Elíseos Mais Gentil, criada

pelo Instituto Porto Seguro. “Queremos

entrosar a Associação com a popula-

ção para gerar um case de sucesso e in-

centivar outros bairros”. A Associação é

composta por cerca de 80 funcionários

voluntários, divididos em três grupos de

ação, responsáveis pelas rondas feitas

de manhã e a noite nos 32 quarteirões

mapeados. Quando é detectado algum

problema, o mesmo é reportado à Sub-

prefeitura da Sé ou ao órgão competen-

te. Oitenta por cento dos casos são re-

solvidos. “Mantendo o bairro sempre em

ordem e limpo, criamos uma pauta cida-

dã e mostramos às pessoas como elas

podem contribuir”, acredita Luchetti.

Apesar de idealizador do projeto,

não há sentimento de posse, pelo con-

trário. O trabalho é movido pelo sen-

timento de doação. Um book foi feito

para quem quiser criar um projeto si-

milar. O objetivo é que o projeto possa

ser entregue nas mãos da população,

a quem caberá dar continuidade. “No

final das contas, faltam essas pontes.

Às vezes, o poder público não tem uma

força na rua nem dinheiro para investir.

E, por outro lado, as pessoas não cum-

prem seu papel porque estão descren-

tes”, acrescenta o Presidente.

Com esse mesmo propósito de au-

tonomia, ele parece gerir a empresa.

Atualmente com 15 mil funcionários,

ele dá pistas de como consegue manter

o padrão de qualidade, mesmo entre

o imenso time de profissionais tercei-

rizados – só no atendimento direto ao

público final são oito mil. Uma diretoria

exclusiva só para cuidar dessa questão,

treinamentos extensos, escolas, tecno-

logias e mecanismos para gerar enga-

jamento são algumas das ferramentas.

“Não consigo controlar as pessoas,

apenas a minha atitude em relação a

elas. Assim, criamos sistemas que fa-

zem com que elas gostem da gente.

Não de uma forma paternalista, porque

isso já era, mas pela filosofia da lide-

rança. A maneira como ela fala, como

ouve... Tudo para termos o clima orga-

nizacional adequado”, conta ele. A cada

sete anos a visão de futuro é repensa-

da. Então, todos os prestadores de ser-

viços e colaboradores do Brasil inteiro

são convidados para compartilhar da

forma como os sistemas da companhia

são e serão vistos.

Mesmo brincando que a fórmula

da Coca-Cola ele não dá, ele continua

expondo um pouco sobre sua maneira

de pensar e encarar a gestão de uma

gigante, que só no último trimestre de

2015 teve um lucro líquido de R$ 294mi-

lhões: inspiração na antroposofia. “Não

se trata de religião. Tenho 15 milhões

de clientes que estão aqui por causa de

25 mil corretores que são independen-

tes. Eles vendem o que quiserem para

quem quiserem. Mesmo assim, reno-

vamos 85% dos contratos, pagando a

mesma comissão que o mercado paga.

A grande diferença está nas pessoas”.

Sua gestão destaca a dimensão hu-

mana: “minha prioridade é cuidar das

relações e buscar harmonia. No fundo,

nosso grande papel e meu maior desa-

fio é controlar o caos e a ordem de 15

mil almas, considerando o ser humano

a partir de uma dimensão integral, for-

mado por pensamentos, sentimentos e

atitudes (pensar, sentir e querer)”.

Centro Cultural integra o

complexo formado por um

teatro e restaurante

Acervo São Paulo Arquitetura

Acervo Teixeira Duarte / foto Fabio Hargesheimer

Detalhe do

paisagismo

do Espaço