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Outsourcing & Workplace
local e ajudou na devolução das Praças
Princesa Isabel, Liceu Coração de Je-
sus e Davi Raw à população, após elas
serem revitalizadas pela Porto Seguro,
além do Sesc Campos Elíseos recen-
temente aberto e o trabalho das duas
associações de moradores que têm se
articulado, criando uma geração de
diálogo que, para ele, vai amadurecer
possíveis resoluções para o bairro.
Isso não significa que ele vai apenas
esperar. A mais recente aquisição feita
na região há cerca de dois anos deve
ter suas obras iniciadas no segundo se-
mestre, com previsão de inauguração
para o início de 2018. De acordo com
o Presidente, será um condomínio de
seis ou oito andares integrado aos ou-
tros dois que já são da empresa. A op-
ção por menos andares foi estratégica.
A ideia é um projeto sustentável, com
bastante espaço verde e um jardim sus-
penso para criar uma paisagem para
quem olhar de cima dos outros prédios.
A finalidade ainda não está definida,
mas Luchetti adianta que pode resgatar
um pouco da história da seguradora,
trazendo para perto os corretores de
seguros, uma vez que por volta da déca-
da de 1980 havia dois andares locados
para eles. Mas também há a possibilida-
de de abrigar alguma das empresas que
estão em crescimento no grupo, como
a Porto Seguro Conecta (operadora de
celular). Integrar edificações é também
uma estratégia de agregar valor aos
seus imóveis, impedindo a depreciação,
trabalho que conta, ainda, com uma po-
lítica rígida de manutenção.
Agora, o Presidente diz ter chegado
ao limite das aquisições. Até porque,
por sua natureza, a empresa não pode
ter tanto capital imobilizado. “Tenho
de ter muito mais liquidez. Não posso
apresentar muito patrimônio imobiliza-
do para garantir que tenha solidez para
suportar o risco que assumo. Acho que
estou em um ponto razoável do que po-
dia ter. Já adquirimos tudo que estava
bem estruturado e em São Paulo temos
um complexo central que acredito que
nos atenda nos próximos dez anos”.
A empresa totaliza 17 empreendi-
mentos na região, onde está desde 1945
anos, quando Campos Elíseos ainda
estava no auge. Ela foi crescendo, as-
sim como o mercado de seguros em si,
que nos últimos 15 anos tem avançado
de um a quatro vezes mais que o PIB
nacional. “Fomos crescendo e nossas
unidades nos acompanharam. Até a
década de 1980 e 1990 fomos adquirin-
do terrenos e expandindo, pois é mui-
to mais fácil ficar centralizado, do que
ficar com unidades espalhadas. Como
operamos muito no cenário nacional, a
região central e sua facilidade logística
favorecia as relações com nossos pú-
blicos. Somos a favor e temos bastante
sensibilidade e consciência de que pre-
cisamos estar muito próximos das ativi-
dades que executamos. Então, somos
verticalizados, porque queremos viver
de perto os problemas de cada ativida-
de que nos propomos a fazer”.
Nos tempos de declínio, em vez de
debandar para regiões consideradas
mais nobres, continua investindo, an-
corando um novo ciclo de prosperida-
de. Atualmente, a empresa temmais de
140 imóveis pelo Brasil e toda a estru-
tura e o back office ficam concentrados
no bairro, onde trabalham mais de três
mil pessoas.
Projeto com características únicas na América Latina é uma obra de arte em si, tendo a funcionalidade como foco
Fotos Acervo Teixeira Duarte / foto Fabio Hargesheimer